Os trabalhadores da Cruz Vermelha de Angola (CVA) na província do Huambo manifestam-se agastados pela falta de salários há três anos e seis meses, segundo a responsável local da instituição, Argentina Barbosa.
Em declarações à ANGOP, a secretária da CVA no Huambo, informou que, para além da falta de salários, a instituição não recebe o fundo de maneio para despensas de funcionamentos, igualmente, há três anos e seis meses.
Argentina Barbosa disse que tal situação tem condicionado a execução de projectos e campanhas de sensibilização nas comunidades.
Referiu que, para além das dificuldades salariais e de despesas de funcionamento, a CVA no Huambo debate-se, também, com a falta de viaturas e de trabalhadores, pois a instituição possui apenas um carro, três funcionários efectivos e quatro voluntários.
Das despesas correntes, Argentina Barbosa destacou a falta de papel, tinteiro, impressora, materiais de higiene, bem como dinheiro para o desenvolvimento de diversos projectos e a manutenção da única viatura.
Para o efeito, disse que a instituição precisa, no mínimo, de 500 mil Kwanzas/mês, 52 funcionários e mais quatro viaturas.
A responsável augura que com o início de funções, em Maio último, da nova presidente da CVA, Delfina Cumandala, a organização pague os salários em falta, tenha dinheiro para as despesas correntes e recrute mais funcionários e voluntários.
Lembrou que, em tempos de paz, o objectivo da CVA passa em velar pelas situações humanitárias, de emergências de saúde e de educação da população nas comunidades.
A Cruz Vermelha de Angola foi criada a 16 de Março de 1978 e reconhecida pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha a 1 de Outubro de 1986.
É igualmente filiada à Federação das Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
ANGOP