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A gigante chinesa Chery Automobile, maior exportadora de veículos da China, teve um estreia triunfal na Bolsa de Hong Kong com alta de 11,2 %, após captar US$1,2 mil milhões em IPO. Enquanto isso, em Angola, a marca continua a consolidar a sua presença comercial, aproveitando o bom momento global para reforçar penetração no mercado nacional.
IPO bem-sucedido e valorização imediata
Na sua estreia nesta quinta-feira no mercado de Hong Kong, as acções da Chery abriram com valorização de cerca de 11,2 % em relação ao preço inicial, numa oferta pública inicial (IPO) que angariou cerca de HK$ 9,145 mil milhões (aproximadamente US$ 1,2 mil milhões). A Chery definira previamente o preço das acções em HK$ 30,75 cada, no limite máximo da faixa estipulada, demonstrando forte demanda dos investidores.
Estratégia de expansão: investimento em inovação e exportação
A Chery prevê aplicar 35 % dos recursos obtidos no IPO em investigação e desenvolvimento de novos modelos de passageiros, e mais 25 % no desenvolvimento de veículos de próxima geração nos próximos três anos. A empresa, que lidera há anos as exportações automóveis chinesas, reforça com esse movimento o seu compromisso com expansão internacional e tecnologias emergentes no setor automóvel.
Presença e desempenho de Chery em Angola
Em Angola, a presença da marca já é sólida: a gama Tiggo Pro é comercializada pelo grupo Caetano, com garantia robusta de cinco anos ou 150 000 km. A Chery Angola também tem estado activa em feiras nacionais e eventos, promovendo a sua linha de SUVs e reforça o posicionamento local como marca de tecnologia e qualidade. Em relatórios da imprensa nacional, assinala‑se que carros chineses, como os da Chery, têm sido protagonistas de crescimento frente a concorrentes tradicionais no mercado angolano automóvel.
Oportunidades e desafios no contexto angolano
Para Angola, o avanço global da Chery oferece uma oportunidade de aproveitar maior visibilidade da marca para ampliar vendas nacionais e atrair investimentos em serviços pós-venda e montagem local. No entanto, persiste o desafio macroeconómico: o mercado automóvel angolano enfrenta restrições cambiais, escassez de moeda estrangeira e capacidade limitada de financiamento automóvel, o que pode frear o ritmo de penetração de marcas estrangeiras, mesmo promissoras.
Análise Editorial
O êxito da Chery no IPO de Hong Kong simboliza um momento estratégico: a marca chinesa, já consolidada entre os maiores exportadores automóveis, agora busca capitalizar o apetite por inovação e mobilidade inteligente global.
Para Angola, essa trajectória posiciona a Chery como um ator chave no mercado automóvel nacional. Ao alinhar-se com a expansão internacional de uma marca com ambições globais, o país pode beneficiar ao reforçar redes de concessionárias, promover a formação técnica local e negociar condições mais vantajosas de importação.
Mas é necessário cautela: o mercado angolano exige políticas consistentes de apoio ao sector automóvel, desde linhas de crédito acessível até incentivos à industrialização local de componentes. Sem isso, a expansão da Chery no país pode enfrentar entraves logísticos e financeiros — e apesar da visibilidade global conquistada, o sucesso local dependerá de quão bem Angola se preparar para absorvê-la.