Segundo o ministro dos Transportes, a TAAG teve nos últimos 44 anos, 20 órgãos de gestão diferentes, “e provavelmente não deve haver uma empresa angolana em que isso tenha ocorrido”, pelo que, notou, esse factor “não deve ser ignorado”, avançando que a companhia aérea nacional teve prejuízos assumidos pelo Estado de mais de 600 milhões USD.
A companhia aérea de bandeira nacional, TAAG, vai contar com um plano de recapitalização e saneamento complementar, visando garantir recursos para “maior estabilidade” no seu processo de reestruturação, disse esta terça-feira o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu.
“Estamos a fazer um trabalho com o Ministério das Finanças que é o plano de recapitalização e saneamento complementar da TAAG, garantindo que a companhia aérea passa a ter recursos para conseguir fazer com maior estabilidade todo este processo de reestruturação”, afirmou o ministro dos Transportes, sem avançar números.
Falando na 8.ª edição do Café CIPRA (Centro de Imprensa do Presidência da República de Angola), em Luanda, o governante considerou existirem indicadores que demonstram claramente a necessidade de reestruturar a TAAG, em termos de processos, tecnologia e com “profissionais verdadeiramente comprometidos com a companhia aérea (…) e não algumas pessoas que eventualmente se possam, ou puderam aproveitar da empresa para os seus benefícios individuais”, disse.
Ricardo de Abreu defendeu também, na sua intervenção, a necessidade de perceber o universo de questões em volta da companhia área angolana, sobretudo por ser o “maior empregador do setor empresarial público”.
“É preciso percebermos o universo de questões que está dentro de uma companhia com esse volume de trabalhadores e que tem várias implicações”, argumentou.
Segundo o governante, a TAAG teve nos últimos 44 anos, 20 órgãos de gestão diferentes, “e provavelmente não deve haver uma empresa angolana em que isso tenha ocorrido”, pelo que, notou, esse fator “não deve ser ignorado”
“Temos que ter uma abordagem estruturada, serena e calma e sem as nossas emoções à flor da pele para explicar uma questão tão importante e estratégica dentro do ecossistema da aviação”, apontou.
O ministro recordou ainda que a TAAG, empresa que no plano “emocional e uma marca fundamental” do “sentido patriótico”, se manteve firme no tempo da pandemia de covid-19 e não despediu pessoal como aconteceu noutras companhias.
A TAAG, avançou, teve prejuízos assumidos pelo Estado acumulado ao longo dos últimos dois ou três anos, devido à pandemia de mais de 600 milhões USD.
Expansão