Recredit, criada para gerir activos “tóxicos” e aparecer como a ferramenta do Estado para liderar o esforço de recuperação de créditos “mal parados”, especialmente do BPC, em 2016, ano em que começou a surgir com maior intensidade informação sobre o volume dos créditos mal parados na banca comercial estatal, com especial foco no Banco de Poupança e Crédito, é agora autorizada a estender o seu campo de actuação, prestando o mesmo serviço à banca comercial privada ou outras instituições de crédito.
Em 2022, a Recredit – Gestão de Activos recuperou crédito malparado na ordem dos 19,8 mil milhões de kwanzas (38 milhões de dólares), ficando o montante 25% abaixo dos 26,3 mil milhões Kz previstos no seu programa de recuperação de activos tóxicos adquiridos ao Banco de Poupança e Crédito (BPC) há mais de três anos, segundo informações das demonstrações financeiras da empresa criada para recuperar créditos problemáticos do banco público.
Na reunião do conselho de ministros, dirigida pelo Presidente da República, foi igualmente apreciado um diploma que estabelece medidas de cativação de despesas do OGE para 2023, com vista a adequar as despesas públicas ao actual contexto de arrecadação de receitas, uma medida que, segundo o Governo, visa assegurar a sustentabilidade da dívida pública e reverter os défices orçamentais.
NJ