Governo Provincial de Luanda (GPL) gasta, mensalmente, até seis milhões de kwanzas em funerais de cadáveres abandonados nas morgues sob sua tutela (Central, da Camama, Cacuaco e Capalanga), por corpo, são gastos 100 mil kwanzas, o que significa que, só num ano, os funerais administrativos levam a instituição a desembolsar quase 72 milhões Kz.
Por exemplo, mensalmente, só a Morgue Central tem o registo de 60 casos de cadáveres de pessoas com identidades desconhecidas, os quais obrigam à realização de funerais administrativos, segundo a directora provincial do Ambiente, Gestão dos Resíduos Sólidos e Serviços Comunitários do GPL.
De acordo com Vânia Vaz, que não dá detalhes sobre como e em que serviços fúnebres este dinheiro é aplicado, os cadáveres “classificados” como abandonados são encontrados na via pública, originados por acidente de viação e nas praias, fruto de afogamento, enquanto outros são pacientes que se encontravam internados em unidades hospitalares na condição de desamparados por familiares, chegando às morgues, muitas vezes, por meio dos Serviços de Investigação Criminal (SIC), dos Bombeiros e dos serviços hospitalares.
O NJ sabe que, há cerca de um ano, as morgues da província de Luanda têm beneficiado de obras de requalificação e apetrechamento, com vista a proporcionarem maior segurança na conservação de cadáveres.
Na Morgue Central, por exemplo, os trabalhos em curso já permitiram a instalação de novas câmaras, com capacidade para 30 gavetas cada, para a conservação de 60 cadáveres.
A directora provincial do Ambiente, Gestão dos Resíduos Sólidos e Serviços Comunitários do GPL esclarece que, na Morgue Principal de Luanda, existiam 110 câmaras avariadas, das quais apenas 24 foram reparadas, enquanto as 86 esperam por reparação técnica.
JA