As famílias que foram retiradas do edifício por precaução depois do susto provocado pelo abanão do passado mês de Abril, receberam recentemente informações do Governo da Provincial de Luanda (GPL), que serão realojados no projecto habitacional Mayé-Mayé, no município de Cacuaco, mas recusaram a proposta e marcaram uma vigília para quarta-feira.
Os moradores recusam por considerarem que o projecto Mayé-Mayé está reservado para “pessoas desalojadas em zonas de risco e periféricas e também pela baixa qualidade do meio social”. Vila Pacífica (Zango 0), Centralidade do Kilamba, kk 5000, edifício da Cidade Desportiva, Nova Vida e Zango 8000, são os projectos habitacionais de preferência dos moradores que abandonaram o edifício no lote 1, em finais de Abril.
No último encontro entre os moradores e a administração municipal de Luanda foi no dia 29 de Abril e, de lá para cá, “há um silêncio preocupante das autoridades”. Numa carta dirigida a várias instituições do Estado, os moradores do prédio de cinco andares no Prenda asseguram que reportaram ao Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, em 2019, numa carta em que alertavam sobre a perigosidade do edifício.
Na exposição ao Executivo, os moradores lamentam que as autoridades ainda não tenham tomado qualquer decisão sobre o resgate dos pertences pessoais que se encontram retidos nos apartamentos do lote 1 e contaram que vão realizar, na próxima quarta-feira, uma vigília em frente ao edifício onde até há cerca de um mês moravam.
JA