O mercado informal tem sido o destino obrigatório dos automobilistas e motociclistas da província do Huambo que necessitam de combustível para continuarem a circular.
A escassez constante que se regista nos postos de abastecimento, nos últimos 15 dias, está a dar azo a esquemas de venda, sobretudo de gasolina, nos mercados informais e a preços muito altos.
Mesmo assim, vários são aos automobilistas e motociclistas que têm adquirido gasóleo e gasolina nestes locais, onde o preço do litro de gasolina varia entre 800 a mil kwanzas, contra os 160 oficiais.
Já o litro de gasóleo, que nos postos de abastecimento custa 135 kwanzas, nos mercados informais está a ser comprado ao preço especulativo de 500 a 700 kwanzas.
Numa ronda efectuada quarta-feira, pela Angop, constatou-se que nenhum dos postos de abastecimento de combustível da cidade do Huambo estava a atender o público, por não ter sido fornecido pela Sonangol.
Em alguns postos de abastecimento, apesar das longas filas de automobilistas e motociclistas, o combustível está a ser vendido apenas aos clientes que possuem contratos.
Como consequência desta falta de combustível, o grosso de taxistas parou de trabalhar, e os poucos em circulação estão a especular nos preços por viagem e a encurtarem as rotas. O mesmo se verifica com os kupapatas (moto-taxistas) que dobraram o custo da viagem.
Os gerentes dos postos de abastecimento de combustível recusaram-se falar durante a reportagem, tal como os responsáveis da delegação regional da Sonangol, a quem compete fazer chegar a gasolina e o gasóleo nos postos oficiais de venda.
A Angop soube, entretanto, que os principais postos de abastecimento da cidade do Huambo (Rua 5, Estufa, Mercado da baixa, Aeroporto, São João e São Pedro) estão a ser fornecidos de forma alternada, pela Sonangol, e em quantidades muito reduzidas.