Um jovem, de 25 anos, perdeu a vida, durante a madrugada desta terça-feira, tendo deixado a mãe desconsolada, depois de não ter sido atendido no Hospital Américo Boavida, em Luanda, por falta de assistência médica e medicamentosa.
“Chegámos ao hospital às 4 horas, fomos até ao Banco de Urgência, mas mandaram-nos retirar porque disseram que esse paciente não podia ser atendido ali e que tínhamos que ir para o Josina Machel”, começou por dizer ao Jornal de Angola, a mãe da vítima, João Fernando Soma.
“Deram-nos apenas uma cadeira de rodas para levar o meu filho até à porta do hospital e ali fomos deixados à sorte, mesmo eles sabendo que estávamos sem condições (viatura) para transportar o doente. Ao menos que nos dessem uma ambulância”, lamentou Cândida Domingos em lágrimas.
Em declarações ao Jornal de Angola o director geral do Hospital Américo Boavida, Mário Fernandes, explicou que a direcção tomou conhecimento da situação, apenas horas depois da tragédia, que considerou “gravíssima”.
Acrescentou, ainda, desconhecer as reais motivações que levaram o médico que está em formação, desde 2019, a não prestar assistência ao paciente..
“Temos informações que o paciente estava aparentemente em estado grave e que não foram cumpridos os procedimentos normais no nosso Banco de Urgência, que seria o processo de triagem, avaliação do estado de gravidade do paciente e prosseguir com tratamento, ou seja os primeiros socorros”, explicou.
Em conferência de imprensa, o secretário de estado para a saúde pública, Pinto de Sosa, esclareceu que no cumprimento da lei, foram tomadas várias decisões, sendo uma delas a suspensão do referido médico que negou atendimento ao paciente de 25 anos de idade.
JA