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INAMET prevê frio intenso na maioria das províncias

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Oficialmente, a época de calor terminou e hoje começou a do frio, também conhecida como Cacimbo. Com a mudança de clima, os alertas aos cidadãos, vão especialmente para a prevenção contra as doenças oportunistas, próprias desta época.

O director do Instituto de Meteorologia e Geofísica (INAMET) disse, ontem, que inicialmente a mudança de clima vai ser gradual. Para João Afonso, hoje é apenas um dia de transição. “Nos primeiros dias, as mudanças ainda não vão ser sentidas com as características próprias do Cacimbo, em particular nas províncias localizadas no Norte do país”.

A realidade, acrescentou, vai ser bem diferente na Região Sul, onde as temperaturas já começaram a baixar gradualmente. “Por exemplo, a temperatura da estação meteorológica de Ondjiva registou um mínimo de 13ºC no dia 13 de Maio de 2023, devido à latitude em que se encontra”.

João Afonso explica que para os meses de Junho, Julho e Agosto deste ano prevê-se valores de temperaturas mínimas mais baixos, ou seja, inferiores a 8ºC, ou relativamente mais frio, nas províncias do Bié, Huambo, Moxico, Huíla, Cunene e Cuando Cubango.

As províncias do Namibe, Benguela, parte Oeste do Cuanza-Sul, Cuanza-Norte, Uíge, a zona Norte de Malanje, Lunda-Norte e a Região Leste da Lunda-Sul, os valores mais baixos vão estar entre os 10ºC e 15ºC.

“As províncias que vão registar, relativamente, menos frio, são as de Luanda, Bengo, Zaire e Cabinda, com valores de temperaturas mais baixas, compreendidas entre 16ºC e 20ºC”, informou.

Na época de Inverno Austral, conhecido em Angola como época de “Cacimbo”, esclareceu, apesar de raro, podem ocorrer chuvas fracas (chuviscos) na Região Litoral do país, devido aos processos meteorologicamente conhecidos como de advecção da humidade do oceano para o continente, causado pelo escoamento do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS).

“As chuvas fortes acompanhadas ou não de trovoadas não ocorrerão, porque os sistemas que causam estes fenómenos são da época de Verão e Outono Austral”, assegurou.

O INAMET, sublinhou, tem um centro de vigilância meteorológica operacional com capacidade técnica e computacional onde diariamente é mantida a vigilância do estado da atmosfera, de modos a dar resposta com antecedência e em tempo real aos fenómenos meteorológicos.

Por esse motivo, adiantou, têm sido elaboradas previsões do tempo todos os dias e divulgadas através de vários canais. “Os boletins meteorológicos diários são um exemplo dessas previsões”, referiu, acrescentando que têm também um aplicativo móvel para tal (em fase de finalização), um website, uma TV, rádio, jornais (todos em fase de testes) e redes sociais como Facebook, Twiter, LinkedIn e Instagram, com dados sobre o clima.

Alerta para os riscos das mudanças ambientais

De acordo com o ambientalista Vladimiro Russo, nesta época do ano as principais mudanças climáticas acontecem mais com a temperatura, tornando-se mais baixas, associadas ao período seco, chamado Cacimbo, considerado também como a época sem chuva.

Neste período, realçou, já no final do Cacimbo começa a actividade agrícola e com ela a preparação dos campos, prática, normalmente, associada ao aumento das queimadas, para abertura dos campos e renovação do pasto.

O ambientalista alertou que as pessoas, nesta época, estão susceptíveis a apanhar gripes, doenças respiratórias e alergias. Para prevenir essas situações, aconselha as pessoas a tomarem vitaminas.

Vladimiro Russo aconselha os cidadãos a terem cuidado com a saúde, assim como às queimadas e aos outros aspectos relacionados a baixas temperaturas, fundamentalmente nas províncias do Bié e Cuando-Cubango, consideradas as regiões mais frias do país.

Especialista quer mais cuidados contra doenças respiratórias

Angola vive, a partir de hoje, uma mudança de clima, com o início do tempo de Cacimbo ou Frio, período que termina a 15 de Agosto.

Essa transformação climática aumenta os riscos de as pessoas contraírem uma série de doenças, entre as quais as respiratórias agudas e crónicas, como a bronquite, asmas, brônquios, pneumonias, renites alérgicas e virais.

Por isso, Domingos Cristóvão, especialista em Saúde Pública, ressaltou a necessidade de, neste período de Cacimbo, as famílias reforçarem as medidas de prevenção, tendo em conta que as baixas temperaturas ajudam na replicação dos vírus.

Diferente do período chuvoso em que se registam muitos casos de doenças diarreicas agudas, nesta Época Fria há uma mudança na sequência das patologias, uma vez que o perfil epidemiológico das  doenças altera.

O médico aconselhou as famílias a darem atenção redobrada às crianças, principalmente aquelas que sofrem de doenças crónicas do foro respiratório ou as com propensão de ver agravadas as enfermidades agudas.

Domingos Cristóvão avançou ser necessário que as pessoas reduzam o consumo de bebidas frescas e os pais a agasalharem bem as crianças.

Quanto às vestimentas, o médico referiu que as roupas devem ser as que cobrem a maior parte do corpo ou as feitas de algodão. A par disso, realçou que os menores têm de evitar andar descalços e a exporem a pele ao ar livre, por esta última situação reduzir a imunidade da criança.

O especialista em Saúde Pública referiu que, neste período, é importante que a dieta alimentar da criança seja sempre reforçada com sopa, leite e chá quente, no sentido de produzir maior calor no organismo.

Domingos Cristóvão avançou que as frutas são necessárias, por conterem a maior parte dos micro-nutrientes essenciais para a defesa do organismo e produção de energias.

Para o especialista, os pais devem ter maior cuidados com as crianças em idade escolar, destacando a importância de as brindar com lanches mais saudáveis.

Aos professores desses pequenos, o médico pediu que procurem sempre reduzir a quantidade de frio dos ares condicionados. “Um ar natural é melhor para não alterar o clima onde as crianças estudam”, alertou.

Praias autorizadas

O porta-voz sublinhou que, em Luanda, a maior parte das praias são autorizadas para o banho. Mas existem locais como a Praia do Sangano, localizada no Museu dos Navios Atracados e o da Boca do Rio, no município de Cacuaco e a localizada na zona da Baía, na Ilha de Luanda, Morro dos Veados e a da Rua 11, que têm algumas zonas proibidas.

“A praia do Pôr-do-Sol, no Miradouro da Lua, também tem proibição”, alertou o superintendente Félix Domingos.

JA

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