No quadro do Decreto Executivo 63/21, de 17 de Março, em vigor desde terça-feira,(15) a Associação das Indústrias Leiteiras de Angola (AILA) declara-se despreparada para importar leite a granel (big bags).
Em comunicações sempre suportadas por cartas dos fornecedores internacionais, também declararam não estar preparados para fornecer nesse formato.
Neste quesito, o director financeiro da AILA, Pedro Baptista, disse citado pela Angop que foi endereçada abundante correspondência ao Ministério da Indústria e do Comércio sobre a incapacidade de importar.
“Não estamos preparados para receber big bags em leite, de modo que aguardamos que a indústria de empacotamento de leite possa ser abrangida com o regime de excepção, mas também não temos nenhuma confirmação,” Esclareceu.
Essa medida das autoridades angolanas visa incentivar o fomento da indústria do embalamento e empacotamento de produtos que ainda são importados de forma acabada.
A medida define novas regras sobre a importação de produtos pré-embalados, sob supervisão do Ministério da Indústria e Comércio.
Neste quesito, a norma estabelece a obrigatoriedade do processo de empacotamento, no país, de 15 produtos, nomeadamente, arroz, açúcar, farinha de trigo e de milho, feijão, leite em pó, óleo alimentar, ração animal, sal grosso e refinado, sêmola de milho, carnes de porco e vaca, margarinas e sabão.
De acordo com o Ministério, Angola tem mais de 100 fábricas de embalamento e empacotamento, não havendo razões para eventuais preocupações, uma vez que esta iniciativa visa contribuir para a dinamização do sector produtivo e gerar vários postos de trabalho directo e indirecto.
Quanto ao processo de transportação em big bags, o Executivo garante que será seguro, tendo-se em conta que as autoridades vão inspeccionar o processo e introduzir as devidas correcções sempre que for necessário.