“Cresci em Luanda, vivi em Paris e agora vivo em Lisboa.”
Na corrida à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, cargo para o qual concorrem 12 candidatos, o Jornal de Angola foi ouvir , no Cais Sodré, as propostas de Ossanda Liber.
Trata-se de uma angolana que promete levar aos lisboetas uma cidade mais humana, mais preocupada com o dia-a-dia das pessoas.
Intento que só será possível se merecer a confiança da maioria dos 476.569 eleitores inscritos na capital portuguesa, no quadro das eleições autárquicas de 26 de Setembro, em Portugal, que envolvem 308 municípios e 3.092 freguesias do país.
Entre os 12 candidatos que buscam pelo cadeirão máximo da câmara Municipal de Lisboa, Ossanda Liber tem um posicionamento firme e parece ser um diferencial ante aos demais, Inclusão Social. A jovem das 3 cidades quer humanizar Lisboa.
“Esta candidatura é a candidatura da integração, é a candidatura da inclusão social, é a candidatura da humanidade”, diz a jovem de vivências cosmopolitas.
“Estamos no mundo” prossegue “e precisamos todos uns dos outros e precisamos, sobretudo, de ser mais humanos uns para com os outros. Basicamente, o que eu senti é que estava a faltar esta humanidade na Câmara Municipal de Lisboa.”
“Apesar de não ser portuguesa, aqui é a cidade onde eu moro e faz todo o sentido eu participar na vida activa dos lisboetas, levando mais humanidade aos habitantes de Lisboa.”
“Analisei as várias propostas que foram apresentadas e percebi que nenhuma delas tinha em conta as pessoas, então decidi participar para tornar Lisboa uma cidade mais inclusiva e interessada no quotidiano das pessoas.”
Está a ser tratada pela imprensa como franco-angolana. este gentílico não representa qualquer preocupação para a candidata.
“Ser angolana não coloca qualquer problema, mas efectivamente, do ponto de vista formal, o que me permite concorrer é o facto de eu ser, também, francesa,” disse.
“Claro que há sempre quem, por ignorância ou por desconhecimento da situação, ache estranho que uma pessoa que não tem a nacionalidade portuguesa possa candidatar-se a uma eleição autárquica”.
“Na minha óptica Portugal é um país muito avançado democraticamente, na medida em que o que é relevante aqui não é tanto o país de origem, mas o sentimento de pertença que as pessoas têm pela cidade”, rematou.
CD