Mais de dois mil trabalhadores bancários foram colocados no desemprego desde Janeiro de 2020 até a presente data no país, anunciou o presidente do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola (SNEBA).
Filipe Makengo, que falava no acto de inauguração da representação local do SNEBA, afirmou que em parte, isso deveu-se à redução da arrecadação financeira, ao crédito malparado e ao incumprimento das metas definidas pelo Banco Nacional de Angola, na sua qualidade de banco central.
A fonte realçou que na questão do crédito malparado, os funcionários bancários nem sequer fazem parte das decisões que conduzem a situações de incumprimento no reembolso dos empréstimos, figurando porém, nas opções de redução de custos operacionais adoptadas para viabilizar as instituições que servem.
Filipe Makengo referiu que actualmente muitos bancos estão a abrir processos disciplinares contra funcionários sem nenhuma fundamentação plausível, de modo a penalizá-los. “Defendemos que os funcionários devem ser penalizados apenas quando infringirem a lei” o que nem sempre está a acontecer”, disse Filipe Makengo.
Funcionários ouvidos na ocasião, elogiaram a abertura de uma representação do SNEBA em Benguela, considerando que poderá tornar a comunicação com o sindicato mais célere, contrariamente aos tempos idos, em que eram obrigados a deslocarem-se a Luanda sempre que necessitassem da intervenção dessa instituição.
O SNEBA tem inscritos mais de 20 mil trabalhadores bancários a nível do país, adoptando como principais apostas acabar com as disparidades salariais na classe e lutar por um salário mínimo de 150 mil kwanzas.
LAC/CD