O Japão anunciou nesta segunda-feira, 13, em Tóquio, a disponibilização de 70 mil milhões de ienes, pouco mais de 500 milhões de dólares para desenvolver a região portuária do Sul de Angola.
O anúncio foi feito pelo Primeiro Ministro japonês, Fumio Kishida, no final do encontro que manteve com o Presidente João Lourenço, a margem do fórum de negócios Angola-Japão, que a cidade de Tóquio acolheu.
A melhoria do projecto do sistema de energia vai igualmente merecer ajustes. “Com base nos relacionamentos de cooperação de longos anos que possuímos com Angola, o Japão tenciona fortalecer ainda mais o relacionamento para o futuro”, justificou.
O chefe do governo nipónico referiu ainda que no encontro mantido com o presidente João Lourenço, ficou acordado a realização, de forma consistente, do cumprimento dos acordos que permitem o fortalecimento entre os dois países.
No sector da economia, afirmou o governante asiático, figura do leque de sectores que mereceram abordagem dos dois chefe de governo. Outro sector que vai continuar a contar com o apoio do Japão é o processo de desminagem que ainda decorre em Angola.
Sobre a promoção do investimento privado em Angola, o Primeiro-Ministro do Japão anunciou também as medidas concretas para a sua efectivação nas áreas das tecnologias geo-espacial, formação de quadros, agricultura e energias renováveis.
“Ainda para preparar o ambiente da promoção dos negócios e investimentos hoje foi realizado, o fórum de negócios Japão-Angola, onde foi conferida a evolução de cooperação concreta nas áreas de negócio. O governo, para apoiar esta acção, vai buscar a conclusão antecipada nas negociações do acordo de investimentos e confirmamos medidas concretas como na introdução nas áreas da transmissão digital terrestre, tecnologia de informação geo-espacial. Ainda focando em priorizar o investir em recursos humanos nas áreas tais como a agricultura, energias renováveis, recursos minerais, saúde, assim fazemos a capacitação dos agentes encarregados do futuro de Angola”.
Entretanto, para o Presidente da República, João Lourenço, apesar do facto de as relações entre Angola e Japão serem boas, o níveis de trocas comerciais ainda não satisfaz, por entender que ainda há muito por se explorar.
“As relações entre os nossos países foram estabelecidas em 1976, precisamente um ano após a proclamação da nossa independência e desde essa altura para cá, nós consideramos que essas relações são muito boas, damos uma nota positiva, mas não estamos satisfeitos ainda com o nível de cooperação atingido entre os nossos dois países”, disse.
O chefe de Estado angolano reconheceu que o país já se tem beneficiado de “importantes financiamentos” do Japão, essencialmente para o sector da construção de infraestruturas públicas, que referiu serem importante para o desenvolvimento de qualquer economia.
Disse ainda não estar satisfeito com os actuais níveis de investimento privado japonês existente em Angola, e no sentido inverso “é praticamente incipiente”, e por isso quer ver crescimento do volume de negócio nos dois sentidos.
ANGOP