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JLO quebra silêncio de 44 anos e pede desculpas às vítimas do 27 de Maio

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O Presidente da República, João Lourenço, pediu nesta quarta-feira (26), em Luanda, desculpas públicas e perdão às vítimas dos conflitos políticos em Angola, ocorridos a 27 de Maio de 1977.

“Viemos juntos das vítimas dos conflitos e dos angolanos no geral pedir humildemente em nome do Estado angolano, as nossas desculpas públicas e o perdão pelo grande mal que foram as execuções sumárias naquele altura e nas naquelas circunstâncias”, declarou João Lourenço.

Numa mensagem dirigida à Nação, o Presidente da República disse que o pedido de desculpas e de perdão não se resume em simples palavras.

“Ele reflecte o nosso sincero arrependimento e vontade de pôr fim a angústia que ao longo destes anos as famílias carregam consigo por falta de informação sobre os destino dado aos seus ente queridos”, sublinhou o Chefe de Estado.

No entender do Presidente da República, não é hora de se apontar o dedo e procurar culpado, tendo referido que, “importa que cada um assuma as suas responsabilidades na parte que lhe cabe”, acrescentou.

O Chefe de Estado informou também que, hoje, 27 de Maio, simbolicamente, o Executivo dá início à entrega das primeiras certidões de óbitos aos familiares das vítimas do “27 de Maio”.

Completam-se hoje quinta-feira 44 anos desde os trágicos acontecimentos que enlutaram o país aos 27 de Maio de 1977, num momento em que se passavam apenas dois anos da proclamação da Independência Nacional pela qual tanto lutamos.

Segundo o Presidente João Lourenço,  nessa altura ninguém imaginava que as divisões internas dos movimentos de libertação seriam transportadas para o interior do país no período pós independência e com consequências tão trágicas que deixaram feridas profundas nos corações dos angolanos.

A propósito, lembrou que um grupo de cidadãos angolanos levou a cabo uma tentativa frustrada de golpe de Estado, matando altas figuras do poder instituído, com destaque para o ministro Saidy Vieira Dias Mingas, os comandantes Paulo Silva Mungongo “Dangereux”, José Gabriel Paiva “Bula”, Eugénio Veríssimo da Costa “Nzaji”, entre outros.

Reconheceu que, com o intuito da reposição da ordem constitucional, a reacção das autoridades de então foi desproporcional e levada ao extremo, tendo sido realizadas execuções sumárias de um número indeterminado de cidadãos angolanos muitos deles inocentes.

Para si, a postura de um Estado perante situações adversas e de extrema tensão deve ser sempre que possível ponderada e comedida pelas responsabilidades que o Estado tem na defesa da Constituição, da lei e da vida humana.

“Hoje podemos dizer que a confiança superou o cepticismo e que o sucesso dos trabalhos da Comissão encorajou o Chefe de Estado a dar o passo importante que hoje vai anunciar”, expressou.

JA

Editor
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