A Procuradoria de Clark County, do Estado norte-americano do Nevada, anunciou esta segunda-feira que não levar Cristiano Ronaldo a julgamento pelo alegado abuso sexual a Kathryn Mayorga. A Procuradoria deixa assim cair as acusações que remontam a junho de 2009.

Com base na análise da informação atualmente disponível, as acusações a Cristiano Ronaldo não podem ser provadas para além de dúvida razoável. Assim, não serão feitas acusações”, informa o comunicado oficial da Procuradoria de Clark County.

O comunicado afirma que as “provas em vídeo que mostravam a interação entre a vítima e o agressor antes e depois do alegado crime se perderam” e acrescenta que “a investigação criminal foi encerrada”. O documento sublinha que, na altura, a modelo americana recusou identificar o suposto agressor ou o local do crime. “Sem saber a identidade do agressor ou o local do crime, os detetives não puderam procurar provas forenses vitais”, explica a Procuradoria.

Desde 2010, “as autoridades não ouviram nada mais da vítima (Kathryn Mayorga) no âmbito do crime ou do agressor”, conclui o documento oficial.

Caso remontava a 2009, mas só foi tornado público em 2017

A alegada violação foi tornada pública em 2017, através de uma investigação da revista alemã Der Spiegel. Kathryn Mayorga alegou que tinha sido violada por Cristiano Ronaldo no hotel Palms, em Las Vegas, em junho de 2009. Conheceram-se numa discoteca e a modelo disse que Ronaldo a convidou para subir à sua suite.

Para além das acusações de violação, a modelo queixou-se de difamação, devido às respostas de Ronaldo quando o caso veio a público.

Na acusação inicial, a mulher de 33 anos admitia que tinha aceite um acordo para não falar do assunto por motivos de trauma emocional. Segundo Mayorga, o jogador terá pago cerca de 300 mil euros pelo seu silêncio. Em janeiro de 2010, terá ainda sido assinado um documento no qual aceitava nunca dizer que Cristiano Ronaldo era o seu agressor, destruir toda a documentação e não confirmar a história caso esta fosse revelada por outras pessoas.

O caso foi reaberto depois de a mulher ter apresentado novas informações sobre a alegada violação. Em janeiro deste ano, a polícia de Las Vegas pediu amostras de ADN a Ronaldo para continuar as investigações.

Observador