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O Presidente ruandês, Paul Kagame, exonerou esta quarta-feira o Primeiro-Ministro Edouard Ngirente e nomeou Justin Nsengiyumva, antigo banqueiro e especialista em políticas económicas, numa remodelação governamental estratégica que visa reforçar a liderança executiva com perfil tecnocrático e alinhado à agenda de desenvolvimento nacional.
A nomeação marca uma das mais significativas reconfigurações políticas do executivo desde 2017, ano em que Ngirente assumiu o cargo. A sua substituição acontece num momento em que o país procura acelerar reformas económicas e consolidar o seu estatuto como uma das economias com crescimento mais rápido em África.
Segundo o comunicado oficial do Governo, a remodelação visa “alinhar a liderança com as prioridades de desenvolvimento de Ruanda”, dando primazia à experiência técnica e à competência na gestão pública. Justin Nsengiyumva, com sólida formação em administração pública e política económica, assume o cargo com o compromisso de “promover as prioridades nacionais com integridade e propósito”, conforme declarou após a sua nomeação.
A Constituição de Ruanda estabelece que a nomeação de um novo Primeiro-Ministro implica a formação de um novo Governo no prazo de 15 dias, o que deverá abrir espaço para novas mexidas ministeriais orientadas para a eficiência na execução de políticas públicas.
A saída de Edouard Ngirente encerra um mandato de quase sete anos, marcado por reformas estruturais em sectores como infraestruturas, crescimento económico inclusivo e cooperação regional. No entanto, a decisão de Kagame demonstra uma clara aposta num modelo de governação tecnocrático, com foco na competência económica e inovação institucional.

Especialistas apontam que esta mudança pode reforçar a confiança dos investidores e parceiros internacionais no ambiente de negócios ruandês, dada a consistência do país em manter políticas fiscais sólidas, estabilidade macroeconómica e um ambiente regulatório previsível.
A recente nomeação de Nsengiyumva foi antecedida por uma reunião privada com o Presidente, dedicada ao alinhamento estratégico sobre as prioridades nacionais, facto que realça o controlo centralizado e o rigor na selecção da liderança em Ruanda.
Num contexto africano em que vários governos enfrentam desafios de instabilidade, a decisão de Kagame revela uma visão de continuidade reformista e consolidação de uma governação orientada para resultados, com destaque para sectores como tecnologia, serviços financeiros e infraestruturas – pilares centrais da nova estratégia económica do país.