Marca alemã rescindiu o contrato com o rapper por conta de comentários antissemitas. Parcerias com a Gap e Balenciaga também foram rompidas.
O rapper Kanye West deixou de ser um bilionário, segundo a revista “Forbes”, com o fim do contrato com a Adidas. Nesta terça-feira (25), a marca alemã informou o fim da parceria com o rapper devido aos seus comentários antissemitas.
De acordo com a publicação, este contrato corresponde a cerca de US$ 1,5 bilhão (quase R$ 9 bilhões na conversão direta) do patrimônio líquido do cantor, que seria agora de US$ 400 milhões (pouco mais de R$ 2 bilhões).
No dia 17 de outubro, durante o podcast Drink Champs, o rapper disse que poderia fazer comentários antissemitas se quisesse e a Adidas não poderia deixá-lo. Já na terça-feira (25), a marca alemã enviou um comunicado em que informava o fim “imediato” da parceria.
“A Adidas não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio. Os comentários e ações recentes de Ye(Kanye West) foram inaceitáveis, odiosos e perigosos e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça”, diz o comunicado da empresa.
Segundo a marca, a curto prazo o impacto negativo para a empresa seria de 250 milhões de euros, já que este fim de ano é considerado alta temporada para as vendas.
De acordo com a “Forbes”, para Ye isso significou a saída da lista de bilionários. O valor de US$ 1,5 bilhão com a Adidas foi calculado a partir dos múltiplos ganhos anuais do artista. A Forbes considerou que Ye recebeu da Adidas semelhantes aos royalties de catálogos de música.
Sem a Adidas, diz a publicação, Ye passa a valer US$ 400 milhões. Este restante vem de outras fontes, como imóveis, o catálogo de música e a participação de 5% da empresa com a ex-mulher, Kim Kardashian, Skims.
Outras empresas também cortaram os laços com o músico. Segundo a agência de notícias Reuters, a agência de talentos CAA, gigante do mercado, dispensou o artista em setembro depois de quase dez anos de parceria.
A produtora MCR informou ainda na terça-feira (25) que não vai mais exibir o documentário sobre Kanye. “Não podemos oferecer suporte a nenhum conteúdo que amplifique sua plataforma”, disse a empresa em comunicado.
Por fim, segundo a Reuters, o CEO da agência de talentos Endeavor, Ari Emanuel, disse que empresas que ganham dinheiro com Ye, como Spotify e Apple também deveriam deixar o rapper.
Forbes