Com esta decisão, a Letónia sela totalmente as fronteiras do país para com os cidadãos russos, justificando a medida com os “acontecimentos políticos internos imprevisíveis”, numa alusão à rebelião dos mercenários do Grupo Wagner.
Apesar de a medida ter efeito imediato, não abrange os pedidos de visto enviados até este domingo, dia 25 de junho, que ainda se encontrem pendentes e que serão processados.
Citada pela agência Efe, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Diana Eglite, precisou que este é o único país báltico que decidiu suspender totalmente a aceitação de pedidos de visto por cidadãos russos.
“É uma decisão soberana. Nesta fase, não nos coordenámos com os outros aliados”, referiu.
No último final de semana, os mercenários do Grupo Wagner realizaram uma rebelião armada de 24 horas, liderada pelo seu líder, Yevgeny Prigozhin, durante a qual tomaram a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia, e avançaram até 200 quilómetros da capital Moscovo.
A rebelião terminou com um acordo mediado pelo Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que, segundo o Kremlin, estabelece que Prigozhin fique exilado na Bielorrússia, em troca de imunidade para si e para os seus mercenários.
LUSA