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Lussaty move processo crime contra o jornalista Cabingano Manuel

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O major Pedro Lussaty, disse ao tribunal na passada sexta-feira durante o seu interrogatório, que nunca esteve pessoalmente nem deu qualquer entrevista ao jornalista e director de informação da Televisão Pública de Angola, Cabingano Manuel, e que as imagens da peça exibida pela TPA na denominada “Operação caranguejo” foram montadas em laboratório.

O seu advogado, Francisco Muteka, garantiu ao Novo Jornal que o arguido Pedro Lussaty vai mover um processo-crime contra o jornalista Cabingano Manuel e solicitou ao tribunal que o mesmo seja arrolado como declarante no processo em que são julgados 49 arguidos.

Aos juízes, Pedro Lussaty nega ter conversado com o jornalista da TPA, enquanto esteve sob custódia do SINSE (a secreta angolana) e da PGR e considerou ultrajante o vídeo exibido na Televisão Pública de Angola.

“Eu encontrava-me a ser torturado. Esse vídeo foi criado no laboratório! Em nenhuma circunstância dei entrevistas a qualquer jornalista, nunca vi o senhor Cabingano Manuel. Montaram aquele vídeo num laboratório e exibiram-no na televisão para justificarem a encenação que ocorreu”, denunciou o arguido em tribunal.

Pedro Lussaty contou aos juízes que sempre esperou por esse momento para contar a sua versão, uma vez que nunca lhe foi permitido apresentar os seus argumentos sobre os factos.

Por sua vez, o seu advogado Francisco Muteka, sustenta que o Ministério Público não olhou para os factos e apenas se baseou na peça jornalística da TPA, denominada o “banquete”, que fez uma antecipação dos factos antes mesmo da instrução do processo.

Neste quesito, prossegue o defensor do major Pedro Lussaty, vai ser movido um processo-crime contra o jornalista e director de informação da TPA, Cabingano Manuel, por ter apresentado ao público “uma reportagem cheia de inverdades”.

Lussaty garantiu que nunca foi detido em posse de malas de dinheiro contendo dólares, milhões de dólares, kwanzas e euros, mas salientou que os 17 milhões de dólares constantes da acusação serem seus, pois tinha no seu apartamento aproximadamente 68 milhões de dólares e mais 1,5 mil milhões de kwanzas guardados.

“Fui sequestrado e posto num cativeiro durante 11 dias por elementos desconhecidos, que se fizeram passar de agentes do Estado, levaram-me em lugar incerto. Só no dia seguinte é que me apercebi ser num posto médico do SINSE. Dias depois, interrogam-me para explicar o meu património. Quanto questionei, disseram-me que apenas cumpriam ordens”.

Aos juízes o major disse desconhecer 99 por cento dos restantes arguidos e lamentou o facto de a PGR deter e manter em prisão preventiva o seu sobrinho por beneficiar de uma residência que lhe ofereceu.

Segundo o defensor, o major Pedro Lussaty é só mais uma vítima de um grupo restrito de “tubarões” que a justiça não tem interesse em identificar, uma fez que o próprio nunca foi quem autorizava as ordens de saque e nem era o responsável das finanças, nem o tesoureiro da Casa Militar da Presidência de República.

Francisco Muteka questionou, por outro lado, o tribunal sobre o porquê de os responsáveis da Casa de Segurança do Presidente da República não estarem arrolados como arguidos no processo-crime, tal como estão Pedro Luassaty e outros.

NJ

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