As autoridades de saúde italianas começarão a testar todas as chegadas da China para Covid depois que quase metade dos passageiros em dois voos para Milão foram diagnosticados com o vírus.
As autoridades italianas estão analisar os testes de Milão para ver se há novas variantes, disse o Ministério da Saúde em comunicado. Se uma nova cepa for encontrada, as autoridades podem impor restrições mais rígidas às viagens do país.
A China tem visto surtos do vírus desde que o governo abandonou suas políticas estritas de Covid zero. A incerteza sobre a escala da propagação levou os países, incluindo os EUA, a considerar novas restrições à entrada.
O governo da Itália deve discutir os números de passageiros de Milão numa reunião de gabinete ainda na quarta-feira, quando o ministro da Saúde, Orazio Schillaci, poderá apresentar informações sobre os testes.
A maioria dos que testaram positivo não apresentava sintomas. Mas a mídia local informou que há uma preocupação crescente entre as autoridades de saúde sobre as novas variantes da Covid que surgem na China.
A Itália foi o primeiro país europeu a ser duramente atingido pela Covid no início de 2020.
Embora o alto índice de passageiros com o vírus tenha colocado as autoridades em alerta, um factor a favor da Itália é o alto índice de vacinação .
Mais de 80% das pessoas estão totalmente inoculadas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, e muitas também receberam doses de reforço. É uma história semelhante em grande parte da Europa Ocidental.
Noutros lugares, o Reino Unido disse que garantirá a vigilância necessária da Covid, mas não tem planos de introduzir testes obrigatórios nas chegadas da China.
Na Alemanha, as autoridades de saúde estão a “observar de perto” a situação, segundo o porta-voz do Ministério da Saúde, Sebastian Guelde.
“Não temos indicação de que uma mutação mais perigosa tenha se desenvolvido na China, o que daria origem a uma declaração de uma área variante do vírus, o que resultaria em restrições de viagem correspondentes”, acrescentou.
O ministério da saúde francês também está a monitorar os desenvolvimentos e disse que está “pronto para analisar todas as medidas úteis que podem ser implementadas como consequência, em colaboração com os parceiros europeus da França”.
Bloomberg
