O baterista dos Rolling Stones, Charlie Watts, morreu esta terça-feira, num hospital de Londres, aos 80 anos, confirmou o seu agente.
Charlie Watts, bateria dos Rolling Stones, morreu esta terça-feira, dia 24 de agosto, em Londres. A notícia foi confirmada por Bernard Doherty, agente do artista, em comunicado citado pelo The Guardian.
Nas redes sociais, a banda também partilhou a nota enviada à imprensa.
O músico, um dos baterista mais influentes da história do rock, tinha sido recentemente submetido a uma intervenção cirúrgica.
O agente Bernard Doherty afirmou que Watts morreu “em paz, num hospital de Londres, rodeado pela sua família”. “É com imensa tristeza que anunciamos a morte do nosso amado Charlie Watts.
Faleceu pacificamente num hospital de Londres, esta terça-feira de manhã, rodeado pela família. Charlie era um marido, pai e avô acarinhado e também, como membro dos Rolling Stones, um dos maiores bateristas da sua geração.
Pedimos gentilmente que a privacidade da família, membros da banda e amigos próximos seja respeitada neste momento difícil”, pode ler-se no comunicado.
O dia em que Charlie Watts deu um murro a Mick Jagger. “Não voltes a chamar-me ‘o meu baterista’”
A morte de Charlie Watts voltou a trazer à baila algumas das histórias mais curiosas envolvendo não só o baterista, como os seus colegas de banda.
Uma delas, narrada por Keith Richards na sua autobiografia, teve lugar em Amesterdão, em 1984. Acompanhado por Mick Jagger, o guitarrista foi passear-se à noite pela cidade, regressando ao hotel a altas horas da madrugada.
“O Mick chamou pelo Charlie. Eu disse-o para não o fazer àquela hora. Mas ele queria ver ‘o meu baterista'”, conta Keith Richards em “Life” [2010].
“Ficámos à espera, bêbados, até que vinte minutos depois alguém bate à porta. Era o Charlie Watts, impecavelmente arranjado e perfumado”.
“Abri a porta e ele nem olhou para mim. Passou por mim, pegou no Mick e disse-lhe: ‘Não voltes a chamar-me ‘o meu baterista’. Pehou-lhe pelo casaco e deu-lhe um sopapo”, continua.
“O Mick cai sobre uma mesa e começa a deslizar em direção à janela aberta, rumo ao canal que havia por debaixo. Consegui agarrá-lo pelo casaco antes que ele caísse”.
O baterista, no entanto, não se contentou com um soco apenas. “Precisei de 24 horas para acalmar o Charlie. 12 horas mais tarde, ele quis descer e bater-lhe outra vez”, remata.