A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) negociou, de Janeiro a Setembro deste ano, 5 233,18 mil milhões Kz, superando o exercício de 2022.
Os dados financeiros consultados, recentemente revelam que, há dois meses do fim do ano económico 2023, o volume das negociações geridas pela BODIVA se fixaram em 1 558,57 mil milhões Kz em Agosto, representando um crescimento mensal de 362,29%, bem como uma variação positiva de 364,12%, comparado ao período homólogo.
De acordo com o balanço da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), relativo a Agosto deste ano, verificou-se um aumento mensal de 12,83%, relativamente ao número de negócios, com o período a encerrar em 387 negócios.
Segundo o relato da CMC, denominado ‘Performance do Mercado de Capitais’, o aumento das negociações alinha-se à estratégia de médio e longo prazos da Unidade de Gestão da Dívida Pública (UGD) no que se refere ao fomento do mercado interno e à gestão de riscos inerentes à dívida pública, com a participação da UGD a ascender a 593,79 mil milhões Kz na perspectiva de compra e 849,38 mil milhões Kz das negociações na perspetiva de venda, sendo essas operações maioritariamente referentes às Obrigações do Tesouro não-Reajustáveis (OT-NR).
Neste mês, referem, as OT-NR continuaram a ser o valor mobiliário mais transaccionado em mercado regulamentado, totalizando 1 451,33 mil milhões Kz (93,12%), seguidas pelas Obrigações do Tesouro em Moeda Externa (OT-ME), com o valor de 87,42 mil milhões Kz (5,61%), as Obrigações do Tesouro Indexadas à Taxa de Câmbio (OT-TX) na ordem dos 11,61 mil milhões Kz (0,74%), as acções na ordem dos 8,10 mil milhões Kz (0,52%) e as UP na ordem dos 0,11 mil milhões Kz (0,01%).
Quota de mercado e participações
O Banco Nacional de Angola* (BNA) foi o principal membro na perspectiva de compra e venda, com quotas de 36,99% e 53,86% das negociações, respectivamente.
O documento refere que, sobre a participação dos investidores na BODIVA no período em análise, 98,60% das compras de instrumentos financeiros foram feitas por investidores institucionais e os 1,40% remanescentes foi feito por investidores não institucionais, registrando-se, neste sentido, um aumento mensal da participação dos investidores institucionais de 13,23 pontos percentuais (p.p).
“Olhando para o peso por sector na perspectiva de compra, neste período, 60,23% das compras foram provenientes do sector bancário, seguido pela UGD, com 38,10%. Por sua vez, na óptica de venda, a UGD concentrou 54,50% das negociações, seguida pelo sector bancário, com 42,87%”, lê-se no relato da CMC, referenciando a actividade da BODIVA.
Em termos de quota do mercado, no período em análise, os FII apresentaram um maior VLG (Kz 463,72 mil milhões) em relação aos FIM (Kz 93,57 mil milhões), às SII (Kz 57,95 mil milhões) e aos FCR (Kz 4,50 mil milhões).
No que toca à quota de mercado por intermediário na negociação de instrumentos derivados, o BFA teve a quota total com 100% dos contratos do mês.
JA