O Serviço Nacional de Recuperação de Activos em colaboração com a PGR apreendeu vários bens pertencentes ao Major Lussaty, oficial que enriqueceu com o erário.
Deste modo, a operação caranguejo voltou a produzir novos capítulos depois das recentes detenções efectuadas pela PGR na província do Cuando Cubango.
Na sequência de uma acção conjunta de investigação liderada por uma comissão de serviço integrada pela DNIAP, SIC e outras forças, a Procuradoria-geral da república (PGR) efectuou a apreensão de 13 imóveis, sendo 8 residências, um armazém, um aviário, 4 casotas de trabalhadores e um estabelecimento comercial, nos municípios do Lubango, Humpata, Cacula e Caluquembe.
Foram ainda apreendidos três tractores, 142 cabeças de gado bovino, 50 caprinos, 3 alfaias, igual número de moagens e de betoneiras e um compactador.
Dos bens apreendidos, destaque para imóveis em nome de oficiais das forças armadas arrolados no processo entre os quais o Major Pedro Lussaty, um dos rostos mais visíveis da operação caranguejo actualmente detido.
De acordo com informações da RNA, alguns bens pertencem ao Coronel José Ricardo, outros ao oficial Luís Simão e ao Coronel Jacinto Engombe.
Quanto aos imóveis associados ao oficial Pedro Lussaty, um está localizado na avenida privilegiada do bairro “ Lucrécia”, cujas obras de reparação de residência custaram cerca de 500 mil dólares, pagos à um empresa chinesa.
Outras, nos prédios da zona da Mucanca, município do Lubango, e no prédio do bairro comandante Cobói, zona 18.
“Os 4 imóveis têm aspecto rústico e encontram-se em estado de abandono, com sinais de vandalização e servindo alguns de esconderijo de marginais por falta de segurança.
Ainda no município da Humpata, foram apreendidas 3 residências em nome do coronel Tchiwana, sendo uma localizada na comuna do Palanca, outras duas no Bairro “Agostinho Neto,” nas imediações do mercado Xyami.
Já no município de Cacula a PGR apreendeu 3 residências, em nome do coronel Jacinto, outra T4 na sede municipal, e um supermercado denominado “Vacualuvuala.”
A comissão de serviço chefiada pelo procurador, Olindo de Carvalho, trabalha na Huíla há uma semana, tendo a acção recorrida mediante um mandato de revista, busca e apreensão, exarado pela PGR.
RNA/CD