O PLANAPECUÁRIA comtempla a importação de alguns animais, sendo que o negócio de fornecimento de 75.000 animais pelo Chade em troca de uma dívida que aquele país tinha com Angola pode retomar.
O efectivo bovino que tinha sido negociado com o Chade para o pagamento de uma dívida acima dos 100 milhões de dólares, previa a entrega de 75.000 animais em cinco anos, sendo que os primeiros chegaram ao País em 2019.
Foram entregues cerca de 5.000 bois até Abril de 2020, mas os problemas de adaptação que estes tiveram no nosso território com o aparecimento de doenças e a morte de quase todos, levou a que este projecto fosse suspenso. Dizem-nos que ainda há alguns que estão vivos, nomeadamente na fazenda do empresário Fernando Teles.
Na altura foi posto em causa o processo de transporte, o gado saía dos locais de criação no Chade, fazia cerca de 1.000 km a pé até à fronteira dos Camarões, depois mais 700 km de caminhão para o porto de Kiribi, onde era despachado para Luanda. A viagem de barco demorava mais cinco dias e não estava a ser acompanhado desde a sua origem por veterinários nacionais. Chegou a Angola doente, com debilidade física, foi um fracasso, e o projecto foi suspenso.
De acordo com o que o Expansão apurou e está comtemplado neste programa a importação de efectivo bovino, o fornecimento de bois do Chade pode vir a ser retomado se as condições naquele País que se encontra em guerra civil, o permitirem.
Mas os empresários já vão avisando que “não nos vão voltar a pedir 1.200 USD por cada animal. Por metade desse valor vamos buscar à Namíbia animais de melhor qualidade e mais adaptados ao nosso clima e terreno. Se o Governo fez um mau negócio, não são os empresários que vão pagar”.
Expansão