Dois homens, pedreiros de profissão, fizeram-se passar por enfermeiros e criaram um posto “médico” clandestino no município de Belas para interrupção de gravidez, usando o Facebook como canal para publicitar o serviço e conquistar clientes.
Não há registo de mortes de mulheres, mas o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal em Luanda, Fernando Carvalho, lembra que os homens não têm qualquer formação em saúde e colocaram a vida de várias mulheres em risco.
Os homens atraiam as mulheres grávidas que queriam abortar através do facebook e cobravam 25 a 15 mil kwanzas. “Quem não tivesse os valores acordados, era obrigada a relacionar-se sexualmente com um deles, como forma de pagamento, só depois é que interrompiam a gravidez”, conta o SIC-Luanda.
O SIC apurou que os falsos enfermeiros adquiriram diversos materiais cirúrgicos no mercado dos Kwanzas e administravam às pacientes um comprimido para interromper a gravidez.
Durante a operação foram apreendidos vários materiais cirúrgicos, uma motorizada de três rodas e dois telemóveis. Quanto aos homens, estão detidos e serão encaminhados para o juiz de garantia.
NJ