No mercado petrolífero os preços subiram ligeiramente, devido à interrupção de exportações de crude na Turquia que retirou cerca de 450 mil barris por dia ao mercado global.
A estabilidade do sistema financeiro global continuou a ser tema de preocupação na última semana. As acções do maior banco alemão, o Deutsche Bank, desvalorizaram perto de 9%, para mínimos de cinco meses, tendo sido registado um aumento significativo dos seguros contra o incumprimento do banco, os chamados Credit Default Swaps (CDS). O mercado atribuía um risco maior à possibilidade de default do banco no reembolso da sua dívida, exigindo, por isso, um maior prémio.
Para além do Deutsche Bank, um outro banco que também reflectiu as preocupações com a estabilidade financeira na Europa, foi o Commerzbank que chegou a cair 9% no mesmo dia, num ambiente ainda de fraca confiança, não obstante as medidas de apoio ao sector bancário, após a falência dos bancos Silicon Valley Bank e Signature Bank nos EUA e a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, na Europa.
Ao contrário da expectativa dos mercados quanto ao início de cortes de juros para apoiar o sector bancário e a economia, os bancos centrais voltaram a indicar que deverão manter o seu compromisso com o combate à inflação tanto nos EUA como na Zona Euro.
O Federal Reserve dos EUA, elevou a taxa em 0,25 ponto percentual (p.p.) na passada quarta-feira para o intervalo entre 4,75% e 5,00%. De referir, no passado dia 16 de Junho, o Banco Central Europeu fez aumento das taxas de juro em 0,5 p.p. para o intervalo de 3,00% para 3,75%.
Nos mercados, a bol sa europeia negociou, a última semana, sem uma tendência definida. O Stoxx 600, índice de referência para o continente, registou um ligeiro saldo positivo de 0,12%, ao passo que o FTSE 100 do Reino Unido recuou 0,28%. Já nos EUA, os índices bolsistas recuaram de forma generalizada, com o S&P 500, índice de referência para o País, a recuar 0,79%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 1,21%.
No mercado petrolífero, as cotações interromperam o ciclo de queda das semanas anteriores regressando a níveis próximos de 80 dólares. Além do optimismo em relação ao aparente desfecho positivo da crise no sector bancário, o preço do barril foi ajudado pela suspensão das exportações de crude da Turquia a partir do Curdistão iraquiano, um contencioso que envolve os dois países sobre a legitimidade de exploração de petróleo na região. Com efeito, cerca de 450 mil barris por dia da oferta mundial de petróleo, proveniente desta região ficaram fora do mercado.
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