O PGR da Libéria é acusado de arquivar processos em “troca de subornos” e “adulterar” provas para assegurar condenação de membros da oposição. Chefe de Gabinete do Presidente George Weah e ministro de Estado é suspeito de “subornar” empresários e dirigir contratos para empresas onde tem interesses.
O Departamento do Tesouro dos EUA para o Controlo de Activos Estrangeiros aplicou sanções contra três altos funcionários do governo liberiano, pelo seu “envolvimento em actos de corrupção”, entre os quais o procurador-geral da República Sayma Syrenius Cephus, suspeito de ter desenvolvido “relações estreitas com suspeitos de investigações criminais” e de receber subornos de indivíduos em troca de arquivamento de processos”.
Também alvo das sanções está o ministro de Estado para os Assuntos Presidenciais e chefe de Gabinete do Presidente George Weah, Nathaniel McGill, acusado de “subornar proprietários de empresas, receber subornos de potenciais investidores para dirigir contratos a empresas nas quais tem interesses” e manipular processos de contratos públicos multimilionários, a fim de “adjudicá-los a empresas de que é proprietário”.
McGill, ´´que distribui regularmente milhares de dólares em dinheiro não documentado a outros funcionários do governo para actividades governamentais e não governamentais”, é ainda acusado de envolvimento numa vasta gama de esquemas corruptos, incluindo subornos a escritórios governamentais para seu benefício e a apropriação indevida de bens governamentais.
O leque de três sancionados fecha com Bill Twehway. O actual director-executivo da Autoridade Portuária Nacional (NPA), suspeito de ter orquestrado o “desvio de 1,5 milhões USD em fundos provenientes de taxas de armazenamento de navios da NPA para uma conta privada”. Twehway, segundo o Departamento do Tesouro, formou secretamente uma empresa privada à qual através da sua posição na NPA, adjudicou unilateralmente um contrato de carga e descarga no Porto de Buchanan”, um mês após a fundação da empresa.
“Por via da corrupção, estes funcionários minaram a democracia na Libéria para seu próprio benefício”, acusa Brian E. Nelson, subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira.
O procurador-geral da República é ainda acusado de “utilizar a sua posição para dificultar investigações e bloquear a acusação de casos de corrupção envolvendo membros do governo” e de “adulterar e reter intencionalmente provas em casos que envolvem membros de partidos políticos da oposição para assegurar a sua condenação”.
As sanções envolvem o bloqueio de “todos os bens e interesses” de que sejam detentores nos EUA e a proibição de transacções comerciais e financeiras.
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