O Serviço de Recuperação de Activos da Procuradoria Geral da República (PGR) anunciou a recuperação dos terminais dos portos de Luanda e do Lobito, que estavam sob gestão da empresa Soportos – Transporte e Descarga, SA.

Segundo uma fonte referida pelo Jornal de Angola (JA), a Soportos pertence ao ex-chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, e família.

A Soportos geria o terminal multiuso do Porto de Luanda, infra-estrutura portuária com uma área de 181 mil e 70 metros quadrados e com capacidade para movimentar anualmente dois milhões, 670 mil e 761 toneladas.

Além do equipamento para movimentar carga diversa, o terminal, que foi concessionado por um período de 20 anos a Soportos, possui um cais de 610 metros e uma profundidade de 12,5 metros.

Enquanto no Porto do Lobito, a Soportos assumiu a concessão do Terminal de Minérios, em 2017.

De acordo com o Jornal de Angola, o general “Kopelipa” fez a entrega dos bens, e a PGR entregou os terminais ao Porto de Luanda.

De igual modo, cita o diário, foi recuperado o Hotel Convenções de Talatona (HCTA), empreendimento público financiado pela Sonangol, mas que estava sob gestão de uma empresa privada.

A unidade hoteleira de 5 Estrelas custou mais de 200 milhões de dólares norte-americanos e, logo após o pagamento e construção, foi entregue para a exploração a uma empresa privada com bónus, à partida, de 12 milhões de dólares, e um contrato com traços danosos.

Noutro dossiê, o Presidente da República cancelou um contrato de limpeza do Palácio que custou ao Estado 70 milhões de dólares em dois anos.

A gestão do Palácio Presidencial e dos edifícios que fazem parte do seu complexo protocolar estava a cargo de uma empresa privada de gestores públicos.

A empresa Riverstone Oaks Corporation (ROC) assinou, em nome da SG Services-Lda, dois contratos relativos à gestão operacional e à manutenção preventiva do Palácio Presidencia.

CD/Angop