O Senado polaco aprovou hoje uma resolução que declara a Rússia como um “regime terrorista” e pede à comunidade internacional que investigue os seus alegados crimes de guerra na Ucrânia.
No texto apoiado por todos os senadores, consta que “os invasores russos” são “bandidos” que “aterrorizam os ucranianos bombardeando alvos civis: creches, escolas, teatros e conjuntos habitacionais” e que “torturam e assassinam prisioneiros de guerra” nos territórios ocupados.
A declaração da câmara alta do parlamento polaco é destinada a “todos os países do mundo livre” que “acreditavam que nunca seriam ameaçados por um genocídio”, mas a quem o Presidente russo, “Vladimir Putin e a sua comitiva terrorista voltaram a apresentar as práticas cruéis dos estalinistas e dos regimes nazis”.
O documento refere também o “sequestro de crianças ucranianas para as criar (como russas)” e a “deportação e realocação de cidadãos ucranianos para os ‘confins’ da Rússia”.
“O Senado da República da Polónia condena veementemente a agressão russa e pede a todos os países a favor da paz, democracia e direitos humanos que reconheçam o governo da Federação Russa como um regime terrorista”, afirma o documento.
Varsóvia adoptou em Setembro impedimentos à entrada no seu território de cidadãos russos “por razões de segurança nacional” e “pelo aspecto moral da guerra”, admitindo como únicas excepções a recepção de “dissidentes e casos humanitários, familiares, diplomatas e viajantes em trânsito de e para o enclave russo de Kaliningrado”.
Vários membros do Governo polaco e do partido no poder, o Lei e Justiça (PiS), manifestaram-se recentemente a favor da construção de um muro fronteiriço ao longo da fronteira com a região de Kaliningrado.
JA