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Porto-Amboim consolida-se como pólo de piscicultura com produção de 6.200 toneladas de cacusso

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Com uma produção superior a 6 mil toneladas de tilápia (cacusso) em apenas oito meses, a empresa “Peixe Bom” posiciona-se como uma referência estratégica na cadeia produtiva agroalimentar do Cuanza-Sul.

A expansão tecnológica e o reforço da capacidade de cultivo tornam Porto-Amboim um modelo promissor de diversificação económica no sector das pescas continentais.

Entre Janeiro e Agosto do presente ano, a empresa “Peixe Bom”, sediada no município de Porto-Amboim, registou uma produção acumulada de 6.200 toneladas de tilápia (popularmente conhecida por cacusso), consolidando-se como um dos mais relevantes empreendimentos piscícolas da província.

A informação foi avançada ao Jornal de Angola por Orlando Bravo, porta-voz da empresa, durante uma visita de constatação levada a cabo pelo administrador municipal de Porto-Amboim, Adérito Jorge Capiango.

Segundo o responsável, a empresa mantém uma média de produção de 1.200 toneladas por quadrimestre, um desempenho que reflecte não apenas estabilidade operacional, mas também o compromisso da firma com a regularidade e eficiência da oferta de pescado ao mercado nacional.

A “Peixe Bom” tem como meta atingir, até ao ano de 2027, uma produção anual de 13.500 toneladas, através de um plano de expansão que contempla investimentos em infra-estruturas, aquisição de tecnologia de ponta e a ampliação das áreas de cultivo, com vista ao reforço da produtividade e à elevação dos padrões de qualidade do pescado comercializado.

A referida produção posiciona o município de Porto-Amboim como um enclave estratégico para a piscicultura em Angola, num contexto em que o Cuanza-Sul se encontra empenhado na diversificação da sua base económica, em particular através do fortalecimento do sector agroalimentar e da redução progressiva das importações de peixe congelado.

ANÁLISE EDITORIAL

 

 

A evolução da actividade da empresa “Peixe Bom” simboliza um caso de sucesso de industrialização e modernização no subsector da aquicultura em Angola. A regularidade da produção e a aposta em tecnologia constituem elementos-chave para a segurança alimentar, ao mesmo tempo que representam um modelo replicável para outras regiões com potencial hídrico e climático semelhante.

O planeamento estratégico e a estabilidade operacional da empresa contrastam com a realidade de inúmeros empreendimentos que, no passado, viram frustradas as suas ambições por défices de financiamento, formação técnica e ausência de mercados estruturados.

Do ponto de vista macroeconómico, iniciativas como esta reforçam o tecido produtivo nacional, geram emprego rural, promovem a transferência de know-how técnico e, sobretudo, alinham-se com as metas de diversificação económica inscritas no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN).

Contudo, a sustentabilidade de projectos deste porte dependerá também da intervenção articulada entre o sector privado, as administrações locais e os ministérios de tutela, nomeadamente no que diz respeito à melhoria das vias de acesso, à logística de escoamento e ao controlo sanitário da produção.

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