O presidente do Banco Mundial, David Malpass, de 66 anos, vai abandonar o cargo até ao final de junho, cerca de quatro anos após ter assumido estas funções, segundo uma nota divulgada esta quarta-feira.
A decisão foi hoje comunicada ao Conselho de Administração e segundo comunicado do Banco Mundial, disponível na sua página de internet, David Malpass informou sobre a intenção de renunciar ao cargo “até o final do ano fiscal”, em 30 de junho.
“Tendo feito muitos progressos e depois de muito pensar, decidi buscar novos desafios”, explicou o presidente do Banco Mundial, citado no comunicado.
Malpass foi o 13.º Presidente do Banco Mundial, sediado em Washington e durante o seu mandato, segundo o comunicado, concentrou-se “em procurar políticas mais fortes” para aumentar o crescimento económico, aliviar a pobreza, melhorar os padrões de vida e reduzir o peso da dívida do governo.
“Foi uma enorme honra e privilegio servir como presidente da principal instituição de desenvolvimento do mundo ao lado de tantas pessoas talentosas e excecionais”, acrescentou Malpass, no comunicado.
“Com os países em desenvolvimento a enfrentar crises sem precedentes, estou orgulhoso de que o grupo do Banco tenha respondido com velocidade, escala, inovação e impacto”, adiantou, frisando que os últimos quatro anos foram “alguns dos mais significativos” da sua carreira.
Malpass agradeceu aos funcionários e Conselhos de Administração “pelo privilégio de trabalhar” com eles diariamente “para fortalecer a eficácia” das operações do Banco Mundial “nos momentos mais desafiadores.”
Com os países em desenvolvimento sob forte pressão financeira, Malpass tem-se reunido com líderes mundiais para discutir políticas de apoio, incluindo a redução da dívida.
“O Grupo do Banco é fundamentalmente forte, financeiramente sustentável e bem posicionado para aumentar o seu impacto do seu desenvolvimento diante de crises globais urgentes”, disse ainda Malpass.
Na sua opinião, “esta é uma oportunidade para uma transição de liderança suave” à medida que o Banco trabalha para enfrentar crescentes desafios globais.
LUSA