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Presidente queniano propõe moeda única para África

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O presidente do Quénia, William Ruto, pediu quinta-feira a introdução de uma moeda única africana para facilitar o comércio no continente.

No seu discurso inaugural na 22ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA) em Lusaka, Zâmbia, Ruto disse que a integração regional significa que os cidadãos não terão de se preocupar com que moeda negociar.

“Nosso povo não pode negociar sem se preocupar com qual moeda usar. Esta, entre outras barreiras não tarifárias, é uma questão que devemos enfrentar com urgência, para que os nossos povos possam começar a negociar juntos e se integrar”, disse o chefe de Estado queniano.

A cimeira enquadra-se no tema “Integração Económica para um COMESA Próspero, Ancorado no Investimento Verde, Acréscimo de Valor e Turismo”.

Por seu turno, dirigindo-se aos participantes da cúpula, o presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, disse que a região não pode perder mais tempo na busca pela integração regional.

“O potencial para o comércio intra-COMESA é enorme, a demanda por produtos de valor agregado deve continuar crescendo no futuro, o que significa que não podemos mais ficar para trás na busca pela integração regional”, disse Chakwera.

Já o presidente da COMESA, Abdel Fattah al-Sisi, presidente do Egipto, disse que o bloco é forte com um mercado de 580 milhões de cidadãos, com um produto interno bruto combinado de mais de 720 bilhões de dólares, não deixando desculpas para o comércio não melhorar.

Al-Sisi pediu aos Estados membros que colaborem na construção de infra-estrutura que facilite a circulação de bens e pessoas na região, a fim de promover a integração.

O presidente da Zâmbia que acolhe a cimeira, Hakainde Hichilema, afirmou que a região deve manter a paz e a estabilidade como pré-requisitos para o desenvolvimento socioeconómico.

“Instabilidade em qualquer lugar é instabilidade em todo lugar, e ouso dizer que sem paz, segurança e estabilidade não pode haver desenvolvimento socioeconómico”, disse Hichilema, a quem al-Sisi entregou oficialmente a presidência do bloco, durante a cúpula.

A cúpula decidiu, por outro lado, intensificar os esforços para efectivar o comércio e a integração regional.

De acordo com um comunicado emitido em nome dos 21 estados membros, a cúpula observou que a região ainda tem 100 bilhões de dólares em potencial comercial e de investimento inexplorado.

“Foi neste ponto que a cimeira acordou sobre a necessidade de os Estados Membros mobilizarem os seus esforços para alcançar o comércio e a integração regional, eliminando as barreiras ao comércio”, afirmou o secretário-geral do COMESA, Chileshe Kapwepwe.

O vice-primeiro-ministro da Somália, Salah Jama, também informou à cúpula que o Conselho de Ministros da Somália aprovou quinta-feira a adesão formal da nação da África Oriental ao COMESA, um ano após eleições bem-sucedidas e a transferência pacífica de poder para um novo governo.

Kapwepwe anunciou que a 23ª edição da cimeira da organização será realizada no Burundi, enquanto a 24ª edição está prevista para Eswatini. 

ANGOP

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