O Estado emitiu títulos da dívida pública no valor de (pelo menos) 1,6 biliões de Kwanzas de Janeiro a Julho deste ano, o que representa um aumento de quase 69% em relação ao mesmo período de 2022, calculou a E&M com base nos dados estatísticos disponibilizados pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
De acordo com a informação do banco central, o montante da emissão de títulos da dívida pública nos últimos sete meses supera a do mesmo período de 2022 (em 647,7 mil milhões Kz), visto que o recurso ao endividamento titulado (interno) se cifrou em pelo menos 940,7 mil milhões Kz.
As obrigações do tesouro (OT) representam 84,8% dos títulos da dívida pública emitidos nos últimos sete meses do presente exercício económico, enquanto 15,2% obrigações do tesouro (BT). A emissão do primeiro instrumento ocorreu em Janeiro, ao passo que o segundo no mês de Maio, como se pôde observar nos dados do banco central.
O volume de emissão de OT (título de dívida pública de médio e longo prazo) resulta da estratégia do Executivo, plasmado no Plano de Estabilização Macroeconómico (2017-2018), que previa a limitação do recurso aos BT (instrumento de curto prazo) por parte do Estado para desestimular a apetência dos investidores.
Segundo o PEM 2017-2018, havia muita apetência no investimento em BT por parte dos investidores, o que limitava o financiamento à economia. Aliás, através daquele plano se tinha chegado à conclusão de que mais de 76% da rendibilidade da banca provinha da dívida pública e dos cambiais.
E & M