Cadeia de supermercados entregue ao Estado pelos generais ‘Kopelipa’ e ‘Dino’ está a ser cobiçada por vários investidores. Ministério do Comércio tem propostas na mão e promete fazer concurso público em breve.
Sem mencionar os nomes dos grupos empresariais, fonte do Ministério do Comércio e Indústria garantiu ao VALOR que a decisão vai passar por um concurso público a ser lançado brevemente para a alienação desses activos.
As lojas Kero têm sido alvo, nos últimos tempos, de notícias e imagens nas redes sociais que dão conta de dificuldades de abastecimento, por causa das prateleiras vazias em algumas lojas. As dificuldades agravaram-se desde que as lojas passaram para a esfera do Estado.
A narrativa é contrariada pelo Ministério do Comércio e Indústria que dá conta que os problemas das lojas, visíveis nas prateleiras vazias, nada têm que ver com o facto de estas terem passado para o Estado, visto que a gestão destes empreendimentos ainda não mudou. “A gestão do Kero continua a ser a mesma. O Governo não está a gerir nada. Nem o Igape que é somente o proprietário legal”, reforça a fonte.
No Ministério, admite-se, no entanto, que as lojas vazias são explicadas com uma consequência do próprio mercado, visto que as lojas Kero tinham a “fama de serem mal pagadoras”, com atrasos significativos aos produtores.
A diferença, explica a fonte, é que, na altura, as lojas tinham uma posição de vantagem por causa da “influência” dos sócios, “que faziam com que as pessoas fossem obrigadas a colocar lá as mercadorias e hoje o mercado está de uma forma de toma-lá-dá-cá”.
VE