sector da Construção no país começou no princípio do ano em curso a dar sinais de recuperação, depois de ter registado no exercício económico de 2021 uma queda de 6,7 por cento, contra os 25,8 em 2020.
Segundo dados do Banco Nacional de Angola (BNA), os sinais de recuperação que o sector tem demonstrado é fruto do desconfinamento e alívio das medidas de restrição face à evolução da Covid-19.
Analisadas as demonstrações de resultados das empresas do sector, apesar dos constrangimentos causados pela Covid-19, em 2021, o sector teve um resultado líquido de 131, 4 mil milhões de kwanzas.
Para a obtenção deste resultado, segundo o BNA, contribuiu o aumento do volume de negócios em 5,64 por cento, fundamentado principalmente pelo crescimento dos serviços prestados e dos outros proveitos operacionais na ordem dos 10,46 e 5,41 por cento, respectivamente.
Ao contrário de 2021, em 2020 os resultados operacionais do sector registaram uma redução de 19,93%, influenciado pela diminuição do volume de negócios em 7,36, uma vez que um certo número de empresas foi obrigado a paralisar as obras e a rescindir contratos, devido a incumprimentos no período mais crítico da pandemia da Covid-19.
Na base deste resultado, estiveram vários factores como a redução da jornada de trabalho, dificuldades nas importações de máquinas e materiais, dilatação dos prazos de recebimentos das facturas adstritas a contratos plurianuais.
Dentro dos custos do negócio das empresas de construção sobressaem os relativos aos materiais de construção e afins, mão-de-obra e custos com as amortizações dos diversos equipamentos que utilizam.
O Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas (CMVMC) está alinhado com as estatísticas publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o Índice de Preços dos Materiais de Construção (IPMC) que apontam para um crescimento de 6,8%.
Os custos com pessoal apresentaram crescimentos na ordem de 19,64%, devido ao aumento da contratação de mão-de-obra nas obras públicas realizadas em 2021 no âmbito do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e demais projectos públicos, ao passo que as Amortizações cresceram para 13,56%.
LUSA