Cinco viaturas de marca Toyota, pertencentes à Administração Municipal do Caimbambo, a 115 quilómetros da cidade de Benguela, desaparecidas há mais de três anos, foram apreendidas, segunda-feira, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Segundo o porta-voz do SIC em Benguela, Victorino Kotingo, quatro viaturas foram localizadas em Benguela, nos bairros Miramar, Acácias Rubras, Benfica e Onze de Novembro, e a outra foi recuperada na província da Huíla.
“Todos os meios estavam fora de Caimbambo há mais de dois anos e, por falta de condições de conservação por parte dos que as utilizavam, ficaram parcialmente danificados”, disse o porta-voz do SIC.
Acrescentou que duas viaturas já tinham sido vendidas e que os vendedores e os compradores serão, oportunamente, arrolados ao processo a ser entregue ao Ministério Público, para responsabilização.
Victorino Kotingo garantiu que os meios apreendidos vão ser entregues ao Estado, que tem competências para definir o destino a dar aos mesmos.
Avançou que não foi detido nenhum dos elementos indiciados no crime em questão, apesar de haver nomes de pessoas, que, por questões de segredo de Justiça, ainda não podem ser citadas.
Salientou que, no quadro das acções operativas desencadeadas pelos SIC, foram, também, recuperados diversos bens patrimoniais do Estado, como equipamentos e valores monetários, que se encontravam fora da sua esfera jurídica, e brevemente serão apresentados publicamente.
Em declarações à imprensa, um dos envolvidos no caso, alega ter comprado uma das viaturas a um milhão e 859 mil kwanzas, em 2026, a um antigo gestor, no município do Caimbambo.
Avançou que, na altura, foi informado por um dos funcionários da Administração Municipal sobre o processo de abate de viatura e, como estava a precisar, decidiu aderir.
O administrador municipal do Caimbambo, José Cambiete, promete cooperar com o SIC e demais órgãos de Justiça, para a identificação dos autores desse crime.
Em declarações, ontem, à Rádio Benguela, José Cambiete esclareceu que, desde que é administrador de Caimbambo não houve desaparecimento de bens patrimoniais.
JA