Os bancos comerciais e as clínicas lideram a lista de instituições cujos funcionários mais violam e divulgam dados dos cidadãos, de acordo com a Agência de Protecção de Dados (APD).
“Não são as instituições são os funcionários dessas, que por falta de sigilo profissional acabam por partilhar essas informações com terceiros”, ressalva Cruz da Gama, director de Auditoria e Inspecção de Dados da APD.
Sem avançar o número de reclamações, Cruz da Gama explica que no caso do sector bancário, apesar de ser tido como dos que mais cumprem com as medidas de segurança da informação, é também o sector de que se recebem muitas reclamações, devido ao acesso indevido de contas bancárias.
“Temos reclamações de cidadãos que dizem que A ou B teve acesso ao seu extracto bancário sem a sua permissão, só porque tem alguém que trabalha no banco que acabou por dar os seus dados”, detalha o responsável.
Por outro lado, exemplificou o caso de cidadãos que são perseguidos e assaltados por marginais à saída de agência de bancos, após o levantamento de valores monetários.”Muitos são seguidos até à residência com informações precisas, pelo que se presume que essas informações são passadas por pessoas dentro da instituição bancária. Temos estado a investigar estes casos”.
NJ