A Cedesa, entidade que analisa assuntos políticos e económicos de Angola, defendeu recentemente que a petrolífera Sonangol deve adquirir uma empresa de energias renováveis, para desenvolver este negócio e tornar-se mais atractiva para a privatização.
Num documento de análise citado pela Lusa, a Cedesa esclareceu que neste momento em que se pretende privatizar a Sonangol numa perspectiva global, é importante que a petrolífera tenha tarefas na área das energias renováveis.
Não abandonando nem menosprezando o seu potencial de crescimento na área da exploração e produção de petróleo, a Sonangol “deve explorar com arrojo as possibilidades combinadas trazidas pelas energias renováveis”, defende a Cedesa.
“Para ser uma empresa atractiva para o mercado internacional de acções, a Sonangol deve apresentar-se como adoptando as últimas tendências das petrolíferas, e também seguindo as necessidades da transição energética”, considera o grupo de académicos.
Um grupo de académicos reforçou ainda, que essa exploração não deverá começar do zero, mas sim ter alguma sustentabilidade e economias de escala.
Por outro lado, recordam já ter aflorado este caminho em anteriores relatórios, colocando porém, a hipótese da Sonangol poder vir a ter uma parceria estratégica com a portuguesa Galp para esta nova área de negócio.
Neste quesito, a Cedesa considera que se não for “esta a hipótese adoptada” a petrolífera angolana deve rever a racionalidade da sua permanência na Galp.
LUSA/CD