O Sonangol Njinga Mbande, o segundo de dois petroleiros da linha Suezmax encomendados pela companhia à Hyudnai, foi baptizado e entregue à petrolífera, ontem, em Mokpo, Coreia do Sul, soube o Jornal de Angola de fonte oficial.  

Um comunicado da Sonangol anuncia que o navio recebeu o baptismo da Primeira- Dama da República, Ana Dias Lourenço, em homenagem à soberana do Reino do Ndongo e da Matamba.

Em observância a um ritual ditado pela tradição milenar dos marinheiros, a Primeira-Dama arremessou champanhe ao casco, cortou a fita na ponte de comando e accionou a primeira buzina por três vezes, simbolizando o choro do nascimento de um bebé.

De acordo com a fonte, o Sonangol Njinga Mbande foi encomendado à Hyundai Samho Heavy Industries, à semelhança do primeiro, o Columbimbi, recebido em Abril último, tendo capacidade de transportação de  um milhão de barris de petróleo, destacando-se na história da navegação marítima nacional por ser o primeiro petroleiro operado na totalidade por uma tripulação angolana.

A embarcação é capitaneada por Anastácio Calunga que, na véspera, recebeu da madrinha um busto da Rainha Njinga Mbande trabalhado em madeira. É operada pela Unidade de Trading e Shipping da Sonangol e iniciou imediatamente a primeira empreitada mercantil.

Além da Primeira-Dama, participaram no acto o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Corrêa Victor, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins, e o presidente executivo da Hyundai, num acto presenciado por outros quadros do construtor e da petrolífera Sonangol.

Informações em Dezembro divulgadas pela Sonangol indicam que, com os dois navios naquela altura em construção pela Hyundai Samho Heavy Industries, a companhia passaria a contar com uma frota de 33 embarcações de transporte e comercialização de petróleo.

O projecto da companhia é, com esse investimento, atingir o transporte de cerca 75 por cento do total dos produtos refinados importados e exportados e alcançar uma quota-parte do mercado da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) até 2027.

As mesmas informações diziam que, em Dezembro, navios da Sonangol garantiam o transporte internacional de petróleo bruto, com uma quota de 30 por cento do transporte de LNG e de cabotagem, sendo que o transporte no mercado interno ainda é dominado por navios privados.

JA