A abertura da fábrica de embalamento em Luanda marca o início da integração da Sovena na cadeia de produção alimentar, onde pretendem criar valor acrescentado e gerar empregos.
A Sovena, multinacional portuguesa detentora da marca de óleo de soja Fula, deixou de importar o óleo Fula para passar a refiná-lo e embalá-lo em Angola em parceria com empresas nacionais.
O investimento na unidade industrial de Luanda rondou os 20 milhões de dólares. Integra linhas de embalamento com capacidade para 45 milhões de litros por ano e conta com capacidade de expansão. O projecto emprega 18 quadros locais, número que aumentará a 50 pessoas até final deste ano. Indirectamente, criar-se-ão cerca de 100 empregos.
Esta nova etapa da Sovena em Angola resulta de uma parceria com a Orey, que presta ao grupo serviços logísticos e de apoio à operação, para além de ser a proprietária do edifício fabril da Sovena em Luanda. Recentemente, a empresa também estabeleceu uma parceria com o Grupo Carrinho, para refinação local do óleo de soja cru, de acordo com as especificações e parâmetros de qualidade definidos pelo grupo alimentar.
SEGUNDO JORGE DE MELO, CEO DA SOVENA, “A ABERTURA DA FÁBRICA DE EMBALAMENTO EM LUANDA MARCA O INÍCIO DA INTEGRAÇÃO DA SOVENA NA CADEIA DE PRODUÇÃO ALIMENTAR ANGOLANA, UM SECTOR ONDE QUEREMOS CRIAR UM SISTEMA DE ALTO VALOR ACRESCENTADO E GERADOR DE EMPREGOS.” AO MESMO TEMPO, CONTINUA, “ESTA UNIDADE INDUSTRIAL É UM MARCO IMPORTANTE NA VISÃO DO GRUPO DE CRIAR LOCALMENTE, EM ANGOLA, UMA CADEIA DE PRODUÇÃO EFICIENTE E INTEGRAL QUE INCLUI A PRODUÇÃO, TRANSFORMAÇÃO, EMBALAMENTO E ABASTECIMENTO DOS PRODUTOS DA EMPRESA AO MERCADO NACIONAL”.
Em linha com “os objectivos do Executivo de fomentar a produção nacional de bens alimentares da cesta básica como forma de substituir efectivamente as importações e criar emprego relevante”, avança ainda Jorge de Melo, “a Sovena quer ajudar a desenvolver o enorme potencial do sector agrícola nacional, aproveitando as condições criadas pelas autoridades angolanas para dinamizar a agro-indústria e a grande margem de crescimento do mercado interno”.
A área agrícola é um sector que requer muito investimento e muito know-how, considera a Sovena, que antecipa um longo caminho a percorrer para criar as infra-estruturas de suporte (comercialização de equipamentos e insumos: sementes, adubos, armazenagem, transporte) e para adaptar as práticas agrícolas às condições específicas de cada zona de Angola. Como tal, o grupo tem intenção de desenvolver a produção agrícola com parceiros locais e em colaboração com instituições nacionais, tendo o IFC-Banco Mundial como peça-chave chave na estruturação e desenvolvimento deste novo projecto.
Os investimentos e planos da Sovena em Angola inserem-se na estratégia de internacionalização da empresa. Nos últimos vinte anos, o grupo tornou-se o maior operador do sul da Europa nos óleos alimentares (líder nos mercados português e espanhol) e o maior embalador mundial de azeite, operando em mercados produtores (Portugal e Espanha), bem como em mercados internacionais não produtores como os Estados Unidos, França ou Brasil.
Actualmente, a Sovena tem fábricas em Portugal, Espanha, Itália, Chile, Estados Unidos, para além de Angola. Conta com presença comercial em mais de 70 mercados.
E & M