Depois do Angosat-2 (feito pelos russos), Angola quer outro satélite, desta vez para observar a terra. Macron trouxe a empresa que irá construí-lo em França, tendo assinado já o acordo.
Entretanto, o Governo angolano diz que o satélite, denominado ANGEO-1, vai permitir “estimar a produtividade agrícola, o monitoramento de desflorestação, a monitorização de obras de construção, a monitorização e detecção de derrames de petróleo e detecção de navios”.
O Governo assinou um contrato com a francesa Airbus Defence and Space para a construção do primeiro satélite angolano de Observação da Terra, o ANGEO-1, no âmbito da visita do Presidente francês, Emmanuel Macron a Angola.
O acordo para a construção, fabrico e fornecimento deste satélite foi rubricado esta sexta-feira (03) no Palácio Presidencial da Cidade Alta, pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
Com a construção e entrada em funcionamento do ANGEO-1, segundo o documento, será possível fazer mais de mil imagens de alta resolução por dia com extrema capacidade de aquisição para uma cobertura local, nacional e regional sendo altamente eficiente para as principais aplicações angolanas”.
Acrescenta, que “graças ao acesso massivo a imagens de satélite, o ANGEO-1 de alta tecnologia, contribuirá fortemente para o desenvolvimento das infraestruturas, mapeamento de Recursos Naturais, Vigilância Marítima, incluindo Pesca, Agricultura, Censo Populacional”.
O ANGEO-1, refere em comunicado, promoverá ainda mais o desenvolvimento do País em muitos sectores diferentes, melhorando a vida dos cidadãos angolanos, construindo capacidades, diversificando a economia e beneficiando um sector muito diversificado”, refere igualmente a nota citada pelo Jornal de Angola.
Do contrato, faz parte a formação de “pelo menos 15 especialistas angolanos, que serão treinados para operar o ANGEO-1” e no domínio académico, diz o MINTTICS “dar-se-á também continuidade às formações nos graus de mestre e doutoramento no domínio espacial, uma acção que busca dar continuidade ao programa de construção, reforço e alargamento das competências internas através de programas de transferência de conhecimento e treinamento direcionado”.
Este é o segundo satélite que Angola poderá ter nos próximos anos, depois da criação do Angosat-2, lançado em órbita a 12 de Outubro de 2022, pelo foguete russo “Proton-M”, um dos projectos do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), órgão afecto ao Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social de Angola.
No dia 10 de Fevereiro, o País começou o processo de comercialização dos serviços do Angosat-2. As receitas da exploração comercial do Angosat-2 vão reverter, inicialmente, a favor do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (50%), do Tesouro Nacional (40%), enquanto os restantes 10% reverterão a favor do Fundo de Apoio Social dos Trabalhadores das Comunicações.
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