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Quinze anos depois, faltam 500 milhões USD para acabar as obras do Kinaxixi

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Desde que o projecto arrancou em 2008, Angola já passou por várias crises, desde a queda abrupta dos preços do petróleo, a cinco recessões económicas, fuga de expatriados e a pandemia da Covid-19.

O complexo é um autêntico gigante de betão adormecido na cidade de Luanda e a conclusão depende da captação de financiamentos no exterior do País. 

Quinze anos e 500 milhões USD depois do arranque do projecto, o promotor imobiliário do complexo do Kinaxixi precisa de mais 500 milhões USD para finalizar as obras para a construção do centro comercial e de três torres imobiliárias que aos olhos dos moradores da cidade de Luanda parecem paradas há vários anos.

Trata-se de um empreendimento moderno e de grandes dimensões na zona nobre da capital do País e cujas obras foram mudando de mãos em mãos ao longo dos anos, depois de terem arrancado com a construtora portuguesa SOMAGUE.

A obra prevê duas fazes: a construção “pura e dura” em ferro e betão armado, fase em que se encontra há já vários anos e a segunda fase que será destinada aos acabamentos, quer do futuro shopping quer das duas torres para escritórios e a torre habitacional. Para concluir esta fase são necessários 500 milhões USD, o que fará com que quando estiver concluído este projecto vá custar 1.000 milhões USD.

Ainda assim, não há uma data concreta para a conclusão deste complexo, até porque tudo depende de um financiamento que apenas no estrangeiro será possível obter. Caso surja o financiamento, demora depois três anos até à conclusão do shopping. “Queremos entregar primeiro o Shopping, enquanto vamos concluir as torres”, explica Luciano Dizik.

Instalado na zona onde antes estava o mercado do Kinaxixi (até 2008), este empreendimento do qual se desconhece quem são os proprietários (apenas o empresário brasileiro-angolano Minoru Dondo admitiu ser um deles,  é encarado por desconfiança por quem ali passa todos os dias. Até porque as obras parecem estar paradas há vários anos, apesar de os promotores negarem.

“Nunca parámos as obras”, disse Luciano Dizik. Numa ronda pelo Expansão feita dentro das instalações do complexo, foi possível verificar que as estruturas quer do centro comercial quer das três torres já estão edificadas e preparadas para receber a próxima fase do projecto que nasceu numa outra “era” do País.

O empreendimento, indica o gestor, nasceu numa época em que a economia angolana vivia os preços altos do petróleo, crescia a um bom ritmo, e tinha um volume de expatriados e homens de negócios que hoje não tem, pelo que este projecto surgiu para um criar um espaço de lazer na cidade mas também para ali instalar as classes com maior capacidade financeira. Um projecto “três em um” para responder às necessidades de uma verdadeira cidade cosmopolita.

O projecto prevê que o shopping terá áreas de lazer, diversão, restauração, lojas e serviços, enquanto a torre residencial será exclusivamente para morar. Terá duas torres vocacionadas para escritórios “open space” para acomodar empresas.

Luciano Dizik refere que o empreendimento vai oferecer ao seu público o que há de melhor em qualidade para se morar e viver. As torres comerciais terão escritórios com um padrão AAA (triple A) dentro dos mais rigorosos padrões e requisitos internacionais de segurança e infra-estruturas disponíveis.

O empreendimento, quando concluído, contará com cerca de 2.200 lugares de estacionamento para os seus usuários, a permitir que a acessibilidade ao shopping Center e torres um factor de fidelização aos futuros usuários, tendo em conta a escassez de parqueamento na capital.

Se algum dia ficar concluído, o complexo contará também com uma zona exterior de espaço verde e de socialização. O empreendimento terá uma área total de construção de cerca de 330.000 metros quadrados numa das zonas prime da cidade. Os promotores esperam que ali circulem cerca de 500 mil visitantes por mês durante os sete dias da semana.

Expansão

Editor
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O Site Correio Digital tem como fim a produção e recolha de conteúdos sobre Angola em grande medida e em parte sobre o mundo para veiculação. O projecto foi fundado em 2006.

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