Raila Odinga acusa presidente da comissão eleitoral e dois comissários de “má conduta” e “desrespeito” pela Constituição. William Ruto foi declarado vencedor após cinco dias de contagem dos votos.
William Ruto foi declarado o vencedor à primeira volta, das eleições presidenciais no Quénia com 50,5% dos votos, resultado contestado por Raila Oding, que recorreu ao Supremo Tribunal para “anular” os resultados anunciados por Wafula Chebukati, presidente da comissão que gere o processo eleitoral, à revelia de quatro dos sete membros da comissão.
A apresentação de uma petição ao Supremo Tribunal mantém na incerteza o desfecho das eleições presidenciais pelo menos durante três semanas, tal como aconteceu em 2013 e 2017, como refere ao The Guardian Benjamin Hunter, analista africano da Maplecroft.
Raila Odinga, que acusa o presidente da comissão eleitoral e os dois comissários que anunciaram os resultados de “má conduta” e “desrespeito” pela Constituição, tem uma semana para apresentar dados que sustentem o recurso e o Supremo tem mais duas semanas para produzir um veredicto.
Qualquer que seja o desfecho, o próximo Presidente do Quénia tem pela frente grandes desafios económicos, com a inflação e o aumento dos preços dos produtos a reduzirem o poder de compra das famílias e o elevado preços dos combustíveis a retirar liquidez às empresas.
Numa declaração na terça-feira, Raila Odinga alega que Wafula Chebukati “teve acesso à contagem dos votos das presidenciais sozinho”, diz que o presidente da IEBC “negou o acesso dos comissários a essa informação”, durante os cinco dias de verificação e contagem dos votos, “até que subitamente apareceu perante os comissários no final da tarde para lhes apresentar um facto consumado”.
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