A circulação de pessoas e bens, segurança fronteiriça entre Angola e Namíbia, bem como a invasão de fazendeiros namibianos em solo angolano, esteve, segunda-feira, em análise, no encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Téte António, e a vice-Primeira-Ministra e ministra das Relações Internacionais e Cooperação da Namíbia, Netumbo Nandi-Ndaitwah, que está em Luanda desde a tarde de segunda-feira.
A governante namibiana, que termina hoje a visita a Angola, disse que veio a Luanda para de forma amigável discutir sobre a circulação de pessoas e bens, segurança fronteiriça entre os dois países, bem como sobre a violação por parte de namibianos do solo angolano.
Além de analisar questões de segurança, o encontro serviu também para avaliar o estado de cooperação entre os dois países.
Netumbo Nandi-Ndaitwah referiu que Angola e Namíbia têm o dever de assegurar, com responsabilidade, a coexistência entre os dois povos, de forma pacífica, permitindo estreitar cada vez mais a cooperação bilateral existente há muitos anos.
A coabitação entre os dois povos amigos, frisou a vice-Primeira-Ministra e ministra das Relações Internacionais e Cooperação da República da Namíbia, deve estar sob normas e leis que regulam a relação dos dois povos, salvaguardando os interesses comuns.
Netumbo Nandi-Ndaitwah disse que as relações entre Angola e Namíbia são “históricas” e que os dois governos devem assegurar que as mesmas sejam pacíficas.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, referiu que a visita constitui um indicador de “boas relações” e reitera o respeito mútuo da soberania, da integridade territorial e coexistência pacífica.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, o respeito mútuo da soberania, da integridade territorial e a coexistência pacífica são elementos que devem nortear as relações entre os dois Estados, incluindo o comportamento dos cidadãos.
Relativamente à interferência de fazendeiros e criadores de gado da Namíbia em território angolano, Téte António disse que é uma questão que merece uma acção concreta entre os dois governos, para que a situação seja estancada o mais rápido possível.
JA