Segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a doença, Angola tem uma incidência de 64 mil casos, menos 11% e apresenta uma queda de 15% nos óbitos declarados.
Brasil é o país de língua oficial portuguesa onde o número de casos (88,1 mil) mais aumentou, com um incremento de 14%, quer ao nível da doença, quer ao nível das mortes devido à doença (+11%).
O relatório da OMS, que analisa a resposta à doença em 215 países ou territórios em 2021, evidencia que o Brasil foi entre os 30 países com mais casos, um dos cinco – Bangladesh, Brasil, China, Uganda e Zâmbia, que registou os níveis mais elevados de cobertura de tratamento.
A maior diminuição de casos nos países ou territórios de língua portuguesa foi registada em Cabo Verde, com 185 casos (-45%), enquanto nos óbitos declarou menos 10%.
A maioria das pessoas que desenvolvem a doença são adultos e em 2021, os homens representavam 56,5%,mulheres 32,5% e as crianças 11%.
Muitos novos casos são atribuíveis a cinco factores de risco: desnutrição, infecção pelo HIV, transtornos por uso de álcool, tabagismo e diabetes. A tuberculose é evitável e curável. E cerca de 85% das pessoas que desenvolvem tuberculose podem ser tratadas com sucesso com um regime medicamentoso de quatro a seis meses.
Tereza Kasaeva, considera que o relatório “fornece novas e importantes respostas e é um argumento decisivo para a necessidade de unir forças para colocar a resposta à tuberculose no caminho certo”. Nesse sentido, Teresa Kasaeva anuncia que a OMS convocará para os primeiros meses de 2023 uma cimeira de alto nível da ONU.
JA