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A Coreia do sul está preocupada com a sua taxa de natalidade/fertilidade. E tem empreendido vários esforços para reverter a crise demográfica que enfrenta actualmente.
Por isso, a empresa de construção Booyoung anunciou um incentivo financeiro aos seus trabalhadores: Cada funcionário que for pai ou mãe vai receber um bônus de US$ 75 mil.
Este movimento faz parte de um esforço mais amplo de políticos e empresas para estimular um aumento na taxa de natalidade do país, que está em declínio, ou seja, a Coreia do sul está com uma sociedade envelhecida.
O presidente da construtora sul coreana Booyoung, Lee Joong-keun, revelou-se preocupado com a situação demográfica, por isso enfatizou a importância de acções imediatas para prevenir consequências drásticas naquele o país.
A taxa de fertilidade da Coreia do Sul, que mede o número médio de filhos por mulher, diminuiu continuamente, alcançando 0,72 em 2023, valor bem abaixo do nível de reposição de 2,1 identificado pela OCDE como necessário para manter uma população estável.
Em resposta a essa situação, líderes políticos propuseram uma variedade de incentivos financeiros e apoios à paternidade, incluindo subsídios habitacionais, isenções fiscais e programas de apoio à fertilidade.
O presidente Yoon Suk Yeol e o líder da oposição, Lee Jae-myung, ressaltaram a urgência de abordar o problema, tendo apontado para o impacto a longo prazo na sustentabilidade e segurança do país.
As consequências da baixa taxa de natalidade já são visíveis, com reduções no número de estudantes e na força de trabalho militar, além de uma crescente conversão de escolas em lares de idosos.
Economistas, como Oh Suk-tae da Société Générale, alertam para os desafios fiscais e sociais iminentes, incluindo a diminuição do crescimento econômico e o aumento da pobreza entre idosos.
Além disso, a pressão financeira sobre os jovens casais é intensa, com dívidas e custos elevados de vida, especialmente na educação e moradia. Yoo Il-ho, da Câmara de Comércio e Indústria da Coreia, destacou os esforços das empresas para criar um ambiente mais favorável à paternidade, equilibrando trabalho e vida familiar.
Apesar dos esforços anteriores e do investimento governamental em incentivos à natalidade, especialistas como Lee Sang-lim do Instituto de Saúde e Assuntos Sociais da Coreia questionam a eficácia dessas medidas sem abordar as raízes do problema: a intensa pressão competitiva e as atitudes sociais que desencorajam a formação de famílias.
A professora da escola secundária, Yoon So-yun, exemplifica a difícil escolha enfrentada por muitas mulheres entre carreira e maternidade, evidenciando a complexidade dos desafios sociais e econômicos que desencorajam a decisão de ter filhos.
Embora iniciativas como a da Booyoung ofereçam um incentivo financeiro direto, a resolução da crise demográfica sul-coreana requer uma abordagem holística, que considere tanto as barreiras econômicas quanto as sociais à paternidade.
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