As exportações de Gás Natural Liquefeito (LNG), propano e condensados cresceram 13,21 por cento, para 1,2 milhões de toneladas métricas, no terceiro trimestre do ano em curso, um período em que as remessas de petróleo bruto para o estrangeiro caíram em 4,21 por cento, para 96,37 milhões de barris.
Estes números estão insertos no relatório de “Balanço das Exportações de Petróleo e Gás Natural”, do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, relativo ao período compreendido entre Julho e Setembro do ano em curso, onde é anunciado um encaixe de 610,16 milhões de dólares com as remessas de gás natural e de 8,26 mil milhões com as de petróleo.
O preço médio das exportações de gás foi de 508,264 dólares por tonelada métrica, no terceiro trimestre de 2023, e de 1.961 dólares no período homólogo, quando o encaixe com as vendas ao estrangeiro atingiu 2,08 mil milhões de dólares.
De Julho a Setembro, o preço médio do barril de petróleo foi de 85,676 dólares, um aumento de 1,40 por cento face ao segundo trimestre, quando foram exportados 95,04 milhões de barris por 7,23 mil milhões de dólares.
As exportações petrolíferas do terceiro trimestre de 2022 contavam-se em 100,6 milhões de barris, transaccionados a 10,22 mil milhões de dólares.
O documento realça um aumento de 12,57 por cento, do preço médio das ramas angolanas, que atingiram uma média trimestral de 85,676 dólares por barril, enquanto o do Brent ficou avaliado em 86,748 dólares por barril, mais 1,10 por cento.
Quotas e destinos
No terceiro trimestre, o LNG foi maioritariamente exportado para a Europa, com destaque para Holanda, com 35,51 por cento, Índia (21,83), França (21,40), Espanha (7,29 ), Bélgica (7,17) e Bangladesh (6,79), enquanto o LPG foi vendido ao Porto Rico (13, 87) e China (9,62).
O petróleo, por sua vez, foi exportado principalmente para a Ásia e Europa, com destaque para China com 62,81 por cento, Espanha (9,12), França (5,42) e Holanda (4,87).
O relatório aponta a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) como detentora da maior quota de exportações durante aquele período, com 24, 27 por cento, seguida pela Sonangol, (18,23), Total Energies (12,46), Esso (8,21) e BP (7,05).
A Eni, com 6,94 por cento, Equinor (6,87), SSI (6,85) e Cabgoc (6,81) figuram nessa lista, onde cinco ramas são identificadas como as mais comercializadas por Angola durante o período, nomeadamente Mostarda (11,79 por cento), Dália (10,75), Clov (8,16), Nemba (7,79) e Cabinda (7,66).
JA