A 40.ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA/2025), que encerrou este domingo, reafirmou o potencial de Angola como um polo de atração de investimento e um palco privilegiado para a concretização de negócios.
Empresas internacionais, em número recorde, expressaram satisfação com o ambiente de negócios e as oportunidades de cooperação e prospeção de parcerias estratégicas que o evento proporcionou, apontando para um futuro promissor de crescimento económico e diversificação.
Oportunidades Concretas e Expansão no Mercado Angolano
Uma ronda realizada pela Agência Angola Press (ANGOP) junto a expositores estrangeiros revelou um consenso: a organização da FILDA 2025 superou as expectativas, consolidando-se como uma plataforma robusta para o intercâmbio económico entre investidores globais e agentes do mercado angolano.
A RE/MAX Collection, uma divisão da rede RE/MAX em Portugal especializada no mercado imobiliário de luxo, destacou a FILDA como uma oportunidade ímpar para estreitar laços com o mercado angolano. Segundo Tar Tar, consultor imobiliário da empresa, foram estabelecidos diversos contactos estratégicos com agentes do setor, o que reflete o crescente interesse no segmento imobiliário de luxo em Portugal, impulsionado por investimentos estrangeiros angolanos. A participação abriu portas para parcerias e o desenvolvimento de negócios bilaterais.
Do sector industrial, o grupo português Mindol, especializado em sistemas de descanso (colchões, estrados, etc.), através do seu vice-presidente de vendas, Miguel Cunha, classificou os seis dias de feira como “bastante positivos”. A empresa obteve contactos promissores que já sinalizam a possibilidade concreta de construir uma unidade fabril em Angola, visando reforçar a sua presença como um ponto estratégico de expansão na região.
Diversificação Económica em Foco: Itália e Indonésia Lideram Interesse
A Itália, com uma robusta delegação de 16 empresas, demonstrou um forte alinhamento com os objectivos de diversificação económica de Angola. Adão Agostinho, analista de mercado da Embaixada italiana, informou que as representações abrangeram setores cruciais como agropecuária, processamento de frutas, tecnologias de transporte, irrigação e agricultura.
“Estas empresas vêm à feira em busca de potenciais clientes e parceiros estratégicos, com vista à sua entrada efectiva no mercado nacional”, sublinhou Agostinho, reforçando que várias dessas empresas já manifestaram interesse em estabelecer-se em Angola, em consonância com o objectivo do Escritório de Promoção da Embaixada italiana de atrair investimentos que contribuam para a diversificação da economia angolana.
A Indonésia, representada por cinco empresas, também colheu ganhos significativos. Bah Yusuf, consultor da Embaixada, salientou que as empresas dos ramos alimentar, medicina natural, agricultura e vestuário manifestaram um “forte interesse em estabelecer parcerias comerciais e operacionais” em Angola. “Conseguimos manter contacto com diversas empresas angolanas interessadas em cooperar na comercialização de produtos indonésios no país”, frisou Yusuf, indicando um potencial aumento no intercâmbio comercial.
CD/Angop