“Reino do Kongo: Em busca do reino destruído”, filme do realizador Ne Kunda Nlaba, estreia no sábado, às 16h00, no auditório da Mediateca de Luanda, resultante de um trabalho de pesquisa desenvolvida pela equipa do realizador, que é descendente do antigo Reino.
Ne Kunda Nlaba conclui que: “notavelmente a sua origem, seu povo, sua criação, seus líderes, seus reis e profetas, seu declínio ocasionado pela invasão da Europa, cristianização, guerras civis, pilhagem de seus minerais, escravidão e deportações, mas também a sua contribuição para a humanidade”.
Na nota, o realizador esclarece as motivações deste projecto. “O reino não existe, mas a sua arquitectura praticamente destruída com certos edifícios afundados no subsolo, seus territórios fragmentados em vários estados sem o consentimento de Kongo em 1885, em Berlim, na conferência mas a sua memória e o seu povo são presentes.
Para o realizador, este documentário pretende ser um filme histórico de viagens e descobertas que une o passado e o presente. “Além das escavações arqueológicas, os escritos de historiadores, sociólogos e antropólogos do Kongo e a tradição oral. Também ajuda a reconstruir essa rica história usando livros, correspondências entre os reis do Kongo e portugueses, retratos, testemunhos de chefes tradicionais e guias do Museu dos Reis do Kongo”.
Nascido em Kinshasa, Ne Kunda Nlaba é produtor, realizador, argumentista, actor, professor de cinema e politólogo africano. Detentor de um mestrado em artes do cinema e televisão pela Birkbeck University de Londres, e um certificado Universitário em Produção e estudo cinematográficos pela universidade de West London.