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Níger: Primeiro-Ministro crente num acordo com a CEDEAO

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O Primeiro-Ministro do Níger, nomeado pelos militares golpistas, disse, nesta segunda-feira, ver esperanças de um acordo com o bloco da África Ocidental (CEDEAO), que ameaçou usar a força para restaurar o Governo civil após um golpe de Estado em Julho.

“Não interrompemos os contactos com a CEDEAO, continuamos a conversar. Temos boas esperanças de chegar a um acordo nos próximos dias”, disse o Primeiro-Ministro Ali Mahaman Lamine Zeine, citado pela Efe numa conferência de imprensa, em Niamey.

A CEDEAO impôs pesadas sanções contra o Níger, depois de soldados rebeldes terem derrubado em 26 de Julho Mohamed Bazoum, o Presidente democraticamente eleito do país. Também alertou, várias vezes, sobre intervir militarmente para restabelecer Bazoum, mas apenas se as tentativas pacíficas de resolver a crise falharem.

“Estamos a preparar-nos para sermos atacados a qualquer momento. Todos os preparativos foram tomados. Seria uma guerra injusta. Estamos determinados a defender-nos se houver um ataque”, disse Zeine aos jornalistas. Uma questão-chave na crise é um cronograma para o retorno ao Governo civil.

O Presidente nigeriano, Bola Tinubu – que é também o actual presidente da CEDEAO – sugeriu, na quinta-feira passada, um período de nove meses como o que o seu país passou no final da década de 1990. “O Presidente não vê razão para que isso não possa ser replicado no Níger, se as autoridades militares do Níger forem sinceras”, disse, na altura a Presidência nigeriana em comunicado.

A Argélia, influente vizinho do Norte do Níger, propôs uma transição de seis meses. Os governantes militares até agora não responderam às sugestões, tendo falado anteriormente num período de três anos. A CEDEAO adoptou uma linha dura em relação ao Níger após uma série de golpes de Estado na sua região desde 2020.

Os militares tomaram o poder no Mali e no Burkina Faso, onde, tal como no Níger, as perdas entre as forças armadas estão a aumentar, face a uma insurgência jihadista de longa data. Um golpe também ocorreu na República da Guiné em 2021, depois que o Presidente octogenário do país, Alpha Conde, concorreu a um terceiro mandato, uma medida que os opositores disseram violar os limites constitucionais.

Manifestações anti-francesas entram no terceiro dia

Milhares de manifestantes concentraram-se, no domingo, pelo terceiro dia consecutivo junto a uma base militar que acolhe soldados franceses na capital do Níger, Niamey, para exigir a sua partida, revelou ontem a AFP. Trata-se de uma exigência partilhada pelo regime militar que chegou ao poder no país no final de Julho através de um golpe de Estado.

Cerca de 1.500 soldados franceses estão estacionados no Níger para participar na luta contra os ‘jihadistas’, ao abrigo de acordos militares bilaterais. A 3 de Agosto, os generais que tomaram o poder através de um golpe de Estado denunciaram vários destes acordos, deles desvinculando o país. Esses acordos contêm todos diferentes prazos de pré-aviso para o fim da sua aplicação, um dos quais, datado de 2012, era de um mês, segundo os militares.

No final de Agosto, numa concentração em Niamey, o coronel Ibroh Amadou, membro do Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP, autores do golpe de Estado) tinha declarado: “A luta só terminará no dia em que já não houver nenhum militar francês no Níger”. Por outro lado, o Níger retirou também a imunidade e visto diplomático ao embaixador de França, Sylvain Itté, e exigiu a sua “expulsão”, segundo um despacho do Ministério do Interior datado de quinta-feira, e uma decisão do Tribunal Superior de Niamey, de sexta-feira.

França justificou, domingo, mais uma vez, a manutenção do seu embaixador naquele país. “Ele é o nosso representante junto das autoridades legítimas do Níger, não temos de nos curvar às ordens de um ministro que não tem qualquer legitimidade”, afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, numa entrevista ao diário Le Monde, garantindo que Paris se certificará de “que ele poderá enfrentar com toda a segurança as pressões dos golpistas.

JA

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